Sociedade
Dívida da Câmara de Leiria baixou 66,8 milhões desde 2009
Contas de 2016 com resultado líquido recorde.
Desde 2009 até agora, a Câmara de Leiria conseguiu reduzir a dívida em 62%, fechando as contas de 2016 com 41,2 milhões de euros de endividamento, quando em 2009 esse valor ascendia a 108 milhões.
Essa diminuição foi um dos aspectos destacados pelo presidente de Câmara durante a discussão dos documentos de prestação de contas da autarquia, aprovados na semana passada, com os votos contra da oposição.
Entre outros pontos, os sociais-democratas criticaram o facto de o resultado líquido positivo - que no ano passado atingiu o valor recorde de 25,4 milhões de euros – ter sido, em parte, conseguido “à custa dos munícipes”, nomeadamente do “acumular” de receitas provenientes do IMI.
“Pôs as contas na linha, mas fê-lo à custa do excesso de verbas cobradas. Se não se gasta, acumula”, acusou Álvaro Madureira. O vereador do PSD enfatizou as receitas provenientes do IMI, que, em 2012, rondaram 13,7 milhões e que no último ano superaram os 19,3 milhões.
Em resposta, o presidente da Câmara frisou que, no ano transacto, as verbas do IMI foram inferiores às de 2015, com “menos 400 mil euros”, e que se a autarquia praticasse a taxa mínima de IMI receberia menos quatro milhões de euros e acabaria por beneficiar “todos por igual”.
Em relação ao resultado do exercício que, em 2016, registou “o maior valor” alguma vez conseguido pelo município – 25,4 milhões – Raul Castro explicou que, em grande parte, essa verba se deve ao atraso do quadro comunitário de apoios, mas também à introdução de activos no imobilizado do município.
“Não é 25 milhõesde euros em dinheiro”, esclareceu o autarca, adiantando que o saldo final será canalizado para “realizar um conjunto de investimentos que só agora é possível concretizar e que são carências assumidas”.
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