Sociedade

Doze ninhos de vespa asiática detectados na Marinha Grande

8 jan 2019 00:00

Câmara da Marinha Grande identificou ninhos da espécie predadora da abelha europeia, e aconselhou a população a não os remover.

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Segundo a Agência Lusa, que cita um comunicado da autarquia, até ao momento foram detectados e reportados ao Município da Marinha Grande um total de 12 ninhos de vespa velutina ou asiática, nove dos quais na freguesia da Marinha Grande e três na freguesia de Vieira de Leiria, localizados, maioritariamente, em árvores de grande porte (20 a 25 metros), informou a autarquia liderada por Cidália Ferreira (PS).

Já em Agosto de 2017, o JORNAL DE LEIRIA tinha dado conta dos primeiros ninhos desta vespa identificados na região 
Primeiros ninhos de vespa asiática identificados no distrito de Leiria


A Câmara Municipal aconselha os cidadãos a não removerem ou destruírem os ninhos de vespa velutina ou asiática (vespa velutina nigrithorax), espécie predadora da abelha europeia.

Caso identifiquem algum exemplar, os cidadãos devem comunicar directamente com a autarquia, com as juntas de freguesia, utilizar a plataforma electrónica SOS Vespa ou contactar a linha SOS Ambiente (808 200 520).

Segundo a autarquia, após a comunicação dos casos, será efectuada uma deslocação ao local pelos técnicos do Serviço Municipal de Proteção Civil/Gabinete Técnico Florestal.

Caso se confirme tratar-se de um ninho de vespa velutina ou asiática, a situação será comunicada à empresa contratada pela Câmara Municipal para o efeito e agendada a destruição do ninho.

A Câmara informa que o controlo desta espécie é efectuado através da remoção e eliminação dos ninhos com a aplicação de um insecticida, por pulverização directamente nos ninhos.

"A vespa velutina é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (Apis mellifera), proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia", esclarece a Câmara.

Na época da Primavera, "constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente, em pontos altos e isolados".

Esta espécie "distingue-se da espécie europeia vespa crabro pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática)".

Esta vespa não indígena, acrescenta a nota de imprensa, prejudica a apicultura - por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas - e pode ter implicações para a saúde pública - não sendo mais agressivas do que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.

LUSA