Sociedade
Em Luta pela Escola Pública! Faltam Professores. Reivindicações continuam no novo ano lectivo
Um grupo de docentes de diferentes escolas da região concentraram-se em frente a Escola Secundária Rodrigues Lobo, em Leiria, esta manhã, a alertar para a luta que vai continuar em defesa da escola pública.
As aulas iniciaram-se hoje em centenas de escolas do País e os vários sindicatos de professores uniram-se numa mensagem dirigida à comunidade educativa.
Em Luta pela Escola Pública! Faltam Professores, é a mensagem deixada, alertando para a necessidade de “valorizar a profissão e atrair os jovens”.
Um grupo de docentes de diferentes escolas da região concentraram-se em frente à Escola Secundária Rodrigues Lobo, em Leiria, esta manhã, a alertar para a luta que vai continuar em defesa da escola pública.
Integradas no calendário das ações que serão realizadas na abertura do ano letivo, os sindicatos que convergem na acção pela profissão e pela escola pública (Associação Sindical de Professores Licenciados, FENPROF, Federação Nacional da Educação, Pró-Ordem dos Professores, Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados, Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, Sindicato Nacional e Democrático dos Professores, Sindicato Independente de Professores e Educadores e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades), tendo afixado materiais (pendões e MUPI) em todo o país, em locais públicos, nas escolas e sedes de agrupamento de escolas, refere uma nota a que o JORNAL DE LEIRIA teve acesso.
“Estes materiais de informação e propaganda dirigem-se às comunidades educativas locais, alertando para a necessidade de mobilização em defesa da escola pública e, em particular, para a compreensão do problema da falta de professores que é consequência de políticas de desvalorização da profissão docente”, lê-se no documento.
Os docentes reclamam contra a “complexificação dos processos de trabalho, com uma enorme burocratização do trabalho docente, falta de condições de trabalho, degradação de edifícios e dos equipamentos, insuficiente investimento na sua modernização, manutenção de uma elevada precariedade laboral, baixos salários e baixas perspectivas de valorização das pensões de aposentação”.
Os professores alertam ainda para a “destruição da carreira, incluindo, bloqueamento no acesso aos escalões de topo, elevado desgaste físico e psíquico, inexistência de um regime de gestão promotor da participação dos professores nos níveis de decisão e uma crescente dependência de “vontades” conjunturais das autarquias”.
Todo este contexto são razões “para que o número de jovens que querem ingressar na profissão docente seja muito reduzido, o que é uma ameaça para o futuro que tem de ser encarada com seriedade”.
“Este é, hoje, sem dúvida, um dos grandes problemas que afectam todo o sistema educativo”, sublinham os professores.