Sociedade

Em Santiago da Guarda, sê romano

30 set 2021 12:21

Este fim-de-semana, o Império Romano regressa à região

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Evento ainda se mantém restrito devido às imposições da Covid-19
Jacinto Silva Duro
Redacção/Agência Lusa

O Complexo Monumental de Santiago da Guarda, no concelho de Ansião, regressa este fim-de-semana dois mil anos no tempo, para o “Forum Romano”.

Com um conjunto de actividades que recriam a época dos romanos, oficinas, jogos e música, os visitantes são convidados a perceber a presença deste povo antigo no território e a modernidade da sua civilização.

No sábado, às 14 horas, o convite é “Em Santiago da Guarda, sê romano”, propõe-se uma incursão pela pintura mural romana, pelas pedras com letras e, ainda, pelo mosaico romano.

Cristina Bernardino, vereadora da cultura local, afirma que está igualmente prevista uma oficina dedicada ao queijo, num dia que termina com um espectáculo de teatro de fogo, “O Bem Contra o Mal, Décadas de Sonho”.

No domingo, o “Forum Romano” é retomado às 10 horas, com uma oficina romana, seguindo-se um cortejo e depois as “Romaníadas”.

“Trata-se da segunda edição das ‘romaníadas’. Este ano não foi possível preparar com as freguesias, pelo que vai ser dedicada para as famílias. São uma espécie de olimpíadas lúdicas”, referiu a autarca.

Haverá ainda música, com o grupo “Cornalusa”, e teatro, pelo grupo “Fatias de Cá” e a peça “A Comédia da Marmita”.

Cristina Bernardino adiantou que este ano o “Forum Romano” ainda é ajustado às circunstâncias da pandemia da Cvid-19, pelo que, “em relação a edições passadas, não há, por exemplo, as tabernas com petiscos”, mas realçou a adesão, havendo “pessoas que já se inscreveram nas oficinas”.

Segundo o sítio na internet da Câmara de Ansião, o Complexo Monumental de Santiago da Guarda é “Monumento Nacional desde 1978 e único exemplar de arquitectura manuelina do concelho”.

“Reúne no mesmo espaço uma torre quatrocentista com base medieval, reconstruída sobre as ruínas de uma ‘villa’ romana dos séculos IV e V, e um paço manuelino, edificado por Simão de Sousa Ribeiro durante a primeira metade do século XVI”, adianta.

A ‘villa’ foi posta a descoberto em 2002 e “apresenta uma coleção riquíssima de mosaicos romanos”.