Sociedade
Empresa de suinicultura de Leiria alvo de buscas por suspeita de vários crimes
Segundo o DCIAP - Departamento Central de Investigação e Acção Penal, em causa estão crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documentos no sector da produção, comércio e abate de suínos.
Uma empresa de Leiria, ligada ao comércio de suínos, foi, esta terça-feira, alvo de buscas, no âmbito de uma investigação dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) do Ministério Público, que envolve outras empresas do sector localizadas também na zona de Tomar e do Montijo.
Em causa estão, segundo o DCIAP, factos “susceptíveis da prática de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documentos no sector da produção, comércio e abate de suínos”.
De acordo com a notícia avançada pela SIC, uma das empresas envolvidas é a Suinicomércio, sediada em Janardo, Leiria, que pertence ao mesmo proprietário da Ribasabores, localizada em Tomar. Segundo a SIC, esta última empresa também está a ser investigada no âmbito desta operação denominada Suini-factura.
Numa nota publicada no seu site, o DCIAP informa que estão em curso, no dia de hoje, “24 buscas, designadamente em sedes de sociedades e instalações pecuárias, veículos automóveis, habitações e agências bancárias nas zonas de Leiria, Tomar e Montijo”.
Na notícia emitida no Primeiro Jornal, a SIC avançava que, durante as buscas efectuadas a três bancos, nomeadamente a cofres e contas daquelas duas empresas, “foram encontrados e aprendidos mais de dez milhões de euros”.
De acordo com a nota da PGR, nas diligências em curso intervêm “dois magistrados do Ministério Público, 21 inspectores da Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e Acções Especiais (DSIFAE) da Autoridade Tributária e Aduaneira, oito peritos do Núcleo de Informática Forense da Autoridade Tributária e 32 elementos” da PSP, nomeadamente do Departamento de Investigação Criminal e dos Comandos Distritais de Leiria e Santarém desta força de segurança.
Nas diligências participam ainda um magistrado judicial do Tribunal Central de Instrução Criminal, que, segundo a SIC, será o juiz Carlos Alexandre, e inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteira (SEF) e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).