Sociedade
Erupção explosiva do vulcão submarino em Tonga com impacto em Peniche
IPMA refere alterações de 39 centímetros ao nível do mar de Peniche
Na sequência da erupção explosiva do vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apa, ocorrido no dia 15 de Janeiro de 2022 na proximidade das ilhas Tonga, foi gerado um tsunami que afectou particularmente as ilhas Tonga e vários outros países com costas próximas, com algum nível de destruição costeira, embora sem vítimas mortais conhecidas, refere uma nota divulgada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Segundo o IPMA, este tsunami, gerado no oceano Pacifico, propagou-se pelos vários oceanos, incluindo o Atlântico, que banha Portugal, tendo-se observado variações do nível do mar em praticamente todas as estações maregráficas em operação na costa portuguesa, variações essas com amplitudes inferiores a meio metro.
Os sinais atmosféricos da explosão foram registados pouco depois das 00 horas de hoje, tendo nas horas seguintes sido observadas alterações no nível do mar.
O sinal de maior amplitude, cerca de 40 centímetros (cm), foi registado em Ponta Delgada, Açores, tendo o fenómeno sido observado na ilha da Madeira (20 cm medidos no Funchal) e no Continente, aqui genericamente os valores foram inferiores a 20 cm, com excepção de Peniche, onde foram medidos 39 cm.
A origem destes registos está relacionada com a onda de choque atmosférica resultante da explosão no vulcão, a qual se propagou pelo globo, gerando condições particulares sobre os oceanos que potenciam a geração de um tsunami, neste caso designado por meteo-tsunami de origem vulcânica.
O IPMA está a acompanhar o desenvolvimento da situação.