Sociedade
Explicações individuais ou em grupo? Eis a equação a resolver
Para muitos pais, por questões financeiras, a escolha tem recaído, no entanto, nas explicações em grupo, que ficam mais baratas.
Quando é que o meu filho vai precisar de explicações? Quais são os indícios de que sozinho já não consegue ter boas notas? Deverá ter explicações individuais ou em grupo? Estas são algumas dúvidas que, nesta fase de arranque de ano lectivo, já estarão a fervilhar na cabeça de muitos pais.
Para facilitar o trabalho aos encarregados de educação, o JORNAL DE LEIRIA ouviu responsáveis por vários centros de explicações e descobriu algumas informações, vantagens e desvantagens que podem servir de desempate em caso de dúvida. Lídia Domingues, proprietária da Janela Redonda, espaço sediado na Cruz d'Areia, Leiria, defende, pela sua experiência, que as explicações são sempre mais proveitosas quando dinamizadas individualmente. Esta é a forma mais indicada de ir ao encontro das necessidades e do ritmo de aprendizagem de cada aluno, frisa Lídia Domingues.
Para muitos pais, por questões financeiras, a escolha tem recaído, no entanto, nas explicações em grupo, que ficam mais baratas. Quando assim tem de ser, observa a responsável pela Janela Redonda, os grupos têm de ser compostos por alunos que frequentem o mesmo ano, que estejam a aprender a mesma matéria e com a mesma professora. Os grupos deverão ter entre dois e quatro alunos, nota a responsável.
Ainda assim, expõe a proprietária e docente, existem alguns pontos vantajosos na explicação colectiva. Por exemplo, o facto de, ao esclarecer um aluno sobre a sua dúvida, a explicadora conseguir, de uma assentada, dar resposta a outros alunos que também tinham pensado na mesma questão.
E quando se deve avançar com as explicações?, interrogar-se-ão os pais. Lídia Domingues dá duas respostas. A primeira tem a ver com o grau de ensino. Se os alunos começarem a ter explicações no 5.º ou no 6.º ano, certamente terão mais facilidade em recuperar uma ou outra matéria que no passado não tenha sido bem compreendida. Por outro lado, compara, um aluno do 9.º ou do 10.º ano de escolaridade, que tenha passado vários anos lectivos com dificuldade, terá de se esforçar muito mais para, além de recuperar muitas bases perdidas, ainda acompanhar a matéria nova que está a estudar na escola.
A segunda resposta tem a ver com a fase do ano lectivo. O ideal é que os pais pensem em levar os filhos às explicações assim que tenham tido a primeira nota negativa e verifiquem que já não há suporte familiar que possa ajudar o aluno a superar.
Esta é também a convicção de Hélia Zeferino, proprietária e docente no Cyrculo de Estudos da Marinha Grande e de Leiria, para quem, quando há dificuldades, o melhor é avançar com explicações o quanto antes. Hélia Zeferino considera que as explicações devem ser iniciadas com o arranque do ano lectivo. Infelizmente, por questões financeiras, os pais só inscrevem os filhos nas explicações quando eles já apresentam maus resultados, o que complica tudo, já que implica cimentar bases que estes não têm, nota a responsável.
“Nós já iniciámos as explicações em Setembro e estamos a encadear a matéria leccionada do ano passado com a que será dada este ano, fazendo revisões”, salienta a docente. Além disso, acredita a responsável pelo Cyrculo de Estudos, “ao trabalharmos com agendamento prévio, de um ano para o outro, conseguimos planificar melhor e personalizar mais as sessões”.
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