Viver
Exposição. O relevo nas Topografias de Carla de Sousa
Inauguração na Arquivo, em Leiria
“A topografia representa, no papel, a configuração de um terreno com todos os acidentes que tem à superfície. E desenhar num mapa topográfico todos os seus abismos, planícies e acidentes naturais e/ou artificiais é atribuir-lhes relevo e tridimensionalidade. É esse exercício epidérmico que busco em Topografias, como se a imagem nos pudesse tocar e nós a pudéssemos sentir”, explica Carla de Sousa na sinopse da exposição que inaugura esta quinta-feira, 5 de Outubro, em Leiria, na livraria Arquivo.
A abertura da exposição está agendada para as 18 horas.
O trabalho de Carla de Sousa (Luanda, 1974) vem, desde 2013, sendo exibido em várias exposições, individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro.
“Sente o que vês é uma premissa táctil de quem observa, contempla, bebe, sorve, toca e se inebria na exploração dos sentidos que o olhar proporciona, assumindo-se como uma experiência sinestésica do ser, do outro e do mundo“, escreve a autora.
Natural de Luanda, Angola, onde nasceu em 1974, Carla de Sousa vive e trabalha em Leiria. Licenciada em direito, advogada há mais de 20 anos, considera ter encontrado na fotografia a sua forma principal de expressão artística, explorando, através das suas imagens, a poesia do quotidiano, detalhes minimalistas, estudos de luz, auto-retrato e auto-representação. Não procura a reprodução do real, mas antes a melhor tradução do seu mundo interior.
Integrou várias publicações individuais e colaborativas, das quais se destacam, em 2018, Desimaginar o Mundo, Descriá-lo, AAVV, edição Faculdade de Belas Artes de Lisboa comemorativa do 75º aniversário de António Manuel Pina; em 2019, o ensaio Cartografia para um beijo; em 2021, o trabalho colectivo pandémico de O meu amor não cabe num poema que conta com o seu ensaio O poema indizível; e, mais recentemente, em 2022, deu corpo de imagens cénicas ao monólogo de Marta Duque Vaz, O Lado Esquerdo.