Sociedade

Falta de espaço e particularidades da saúde impedem ESSLei de crescer

8 dez 2018 00:00

Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria comemora 45 anos

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Foi há 45 anos que a Escola de Enfermagem, sob a alçada do Ministério da Educação, começou a leccionar o curso de auxiliar de enfermagem. Anos depois passou a curso geral de enfermagem, bacharelato e licenciatura. “Em 2001 fizemos a integração no Politécnico de Leiria, mas só em 2005 é que houve a transformação em Escola Superior de Saúde, o que permitiu que o novo projecto educativo se abrisse a outras especialidades, como a fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala, dietética e nutrição”, conta Clarisse Louro, directora da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei). 

“Foram 45 anos de lutas, de conquistas, de muito trabalho, mas também de construção e vitórias”, sublinha, afirmando que o crescimento tem sido notório “não só na parte lectiva como na investigação”.

Continuar a crescer é um objectivo, mas Clarisse Louro lamenta que não seja fácil. “Precisamos de espaço físico. Já não tenho espaço para os alunos que cá estão. Todos os dias ouço reclamações dos professores: não têm sala ou os estudantes não cabem lá. Temos muitas aulas na Escola Superior de Tecnologia e Gestão e não há gabinetes onde colocar os docentes. Por muito que quiséssemos fazer mais licenciaturas ou Cursos Técnicos Superiores Profissionais não temos capacidade para receber mais alunos”, reforça a responsável.

As licenciaturas da ESSLei incluem ensino clínico prático desde os primeiros anos. Também esta particularidade é limitativa. “Os serviços não suportam um número elevado de alunos em ensino clínico. Temos estudantes espalhados por todo o País e há dificuldade em encontrar serviços que os recebam. Se tivermos ainda mais alunos não temos onde colocá-los”, revela Clarisse Louro.

Da enfermagem para a saúde

A directora da ESSLei considera que o ponto de viragem da escola foi a integração no Politécnico de Leiria, em 2001, o que deu uma “visibilidade diferente” e uma oportunidade da saúde se encontrar com “outros saberes, dada a diversidade das escolas do Politécnico”.

Outro marco foi a “transformação da Escola de Enfermagem em Escola de Saúde, em 2005, porque deu oportunidade de trabalhar as várias áreas da saúde”.

Esta mudança afirmou a ESSLei “enquanto escola de saúde nas diversas áreas do conhecimento”, permitindo “desenvolver melhor investigação” e permitiu a criação de uma unidade de investigação em sa&u

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