Sociedade

Falta de mão-de-obra e valores de empreitada baixos deixam por fazer 3,61 mil milhões de euros de obras públicas

13 ago 2025 12:03

Fundos da "bazuca europeia" podem ser irremediavelmente desperdiçados

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Sem capacidade logística e perante valores de obra baixos, empresas deixam concursos desertos
Fotografia: Ricardo Graça

Dados recolhidos junto da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), mostram que, a nível nacional, ficaram por fazer 3,61 mil milhões de euros de investimento público na primeira metade do ano, de dinheiros do Plano de Recuperação e Resiliência.

A ausência de mão-de-obra, em especial a qualificada, e valores baixos nos concursos públicos terão levado a que as empresas de construção não se tenham candidatado.

Este é um problema que tem sido detectado desde 2023, quando se percebeu que o tecido empresarial nacional do sector da construção, provavelmente, não teria capacidade para aceitar e concluir todas as empreitadas previstas.

A situação que tem-se vindo a agravar, fazendo temer que se vá desperdiçar fundos da "bazuca europeia". 

Autarquias e entidades públicas têm sido obrigadas a relançar os procedimentos e aumentar o preço-base para atrair interessados.