Sociedade
Falta de mão-de-obra e valores de empreitada baixos deixam por fazer 3,61 mil milhões de euros de obras públicas
Fundos da "bazuca europeia" podem ser irremediavelmente desperdiçados

Dados recolhidos junto da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), mostram que, a nível nacional, ficaram por fazer 3,61 mil milhões de euros de investimento público na primeira metade do ano, de dinheiros do Plano de Recuperação e Resiliência.
A ausência de mão-de-obra, em especial a qualificada, e valores baixos nos concursos públicos terão levado a que as empresas de construção não se tenham candidatado.
Este é um problema que tem sido detectado desde 2023, quando se percebeu que o tecido empresarial nacional do sector da construção, provavelmente, não teria capacidade para aceitar e concluir todas as empreitadas previstas.
A situação que tem-se vindo a agravar, fazendo temer que se vá desperdiçar fundos da "bazuca europeia".
Autarquias e entidades públicas têm sido obrigadas a relançar os procedimentos e aumentar o preço-base para atrair interessados.