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Família compra edifício e garante que Os Filipes vão continuar a servir imperiais

6 jan 2023 14:51

O bar mais antigo do Terreiro já tem 35 anos e vai continuar a somar, depois de a família assegurar a continuidade do negócio através da aquisição do imóvel

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Manuel Oliveira com os filhos Gilberto e Filipe e o neto André
DR

“Quando é que vai fechar?” Filipe Oliveira ouviu várias vezes a pergunta, sobre o destino do bar Os Filipes, sobretudo nos últimos meses. “E agora tenho a resposta: vai fechar aos domingos, que é o dia de folga, e mantém-se aberto nos outros dias”.

Depois da incerteza provocada também pela pressão do mercado imobiliário, a família compra o edifício e garante a continuidade do negócio.

“Muito satisfeito” pela fase que se está a iniciar, é com “orgulho” que Filipe Oliveira anuncia que se mantêm abertas as portas do estabelecimento que ajudou a inventar a “noite” em Leiria, o primeiro a instalar-se no Terreiro, a 14 de Março de 1987, como cervejaria e restaurante, ou seja, há mais de 35 anos.

Os Filipes, lugar que pertence a uma comunidade inteira e a diferentes gerações, não só não vai fechar, como “está garantido para mais 50 anos”, brinca Filipe Oliveira. “Já não será comigo, será com os meus filhos”.

Manuel Oliveira, o Manel, fundador e principal rosto d'Os Filipes, marido de Maria do Carmo (falecida) e pai de Filipe e Gilberto, vai continuar presente, mas serão os netos, André e Joana Oliveira, com alguma ajuda de Inês Oliveira, que actualmente trabalha em Lisboa, a assegurar o dia a dia.

Filipe Oliveira também vai estar mais próximo: “Voltei para trás 35 anos e vou começar do zero outra vez”.

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“Há três anos que andamos com este processo a decorrer. Conseguimos chegar a um acordo e conseguimos arranjar um parceiro que nos ajudou na compra do imóvel, ficando com uma parte”, explica ao JORNAL DE LEIRIA.

O Manel vai continuar a ser uma figura presente, até ele querer, ainda que a continuidade d'Os Filipes já não depende só do Manel, depende do resto da família”.

Seguem-se “algumas obras” e “melhorias”, para realizar “calmamente” e “sem pressas”.

Havia muita pressão da parte dos frequentadores e não só, havia uma pressão da parte da cidade de que isto não podia fechar e isso também nos incentivou de certa forma”, admite.

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Uma satisfação enorme pelo facto de conseguirmos manter isto aberto”, resume. “É uma questão de orgulho mais do que de necessidade”.

E depois de uma pausa de alguns (poucos) dias para descanso a seguir ao Natal, esta sexta-feira, 6 de Janeiro, marca a reabertura d'Os Filipes em 2023. Um bom pretexto para brindar a mais 35 anos.