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Francisco Gomes, de Leiria, contratado como solista pela Companhia Nacional de Bailado
O bailarino que estudou no Conservatório Annarella Sanchez em Leiria está já a ensaiar para o primeiro espectáculo com a Companhia Nacional de Bailado, depois de contratos na Austrália e na África do Sul
“Estou a começar a sentir-me realizado, a sentir que todos os esforços, todas as horas de trabalho, estão a dar algum resultado”, comenta Francisco Gomes, 20 anos, novo solista da Companhia Nacional de Bailado e antigo estudante do Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez, em Leiria.
“É só o princípio”, adverte. No entanto, há inevitavelmente um sentimento de recompensa e de realização associado ao contrato profissional que o vai manter em Lisboa durante pelo menos um ano. “Porque foi difícil, desde pequeno, conciliar a escola com o ballet”, explica ao JORNAL DE LEIRIA. “Eu, pessoalmente, nunca vi isto como um esforço, porque adoro o que faço, mas, de qualquer maneira, foram muitas horas, foi muito exigente, muita disciplina”.
Na Companhia Nacional de Bailado, os bailarinos e bailarinas estão distribuídos por cinco níveis: estagiários, corpo de baile, corifeus, solistas e principais, num total de 75 artistas, segundo a informação disponível no site oficial. Francisco Gomes entra na estrutura com o estatuto de solista, apenas abaixo dos sete principais, também designados primeiro bailarino ou primeira bailarina, que interpretam os papéis mais importantes em cada produção.
“Conheço algumas caras desde pequeno”, assinala o bailarino natural de Leiria. É o caso de Filipa de Castro e Carlos Pinillos, que não só viu em palco várias vezes a partir da plateia como conheceu em Leiria quando orientaram cursos de curta duração no Conservatório Annarella Sanchez. “De alguma forma são uma referência”, aponta. “E agora estou aqui com eles, o que me deixa orgulhoso”.
Os primeiros dias em Lisboa também estão a corresponder às expectativas. “Estou a gostar imenso. É uma companhia onde se trabalha bastante, estou sempre ocupado com ensaios, o que eu gosto”, refere ao JORNAL DE LEIRIA. “Aulas muito completas”, “pessoas muito trabalhadoras” e “bom ambiente” aceleraram a adaptação e estão a tornar a experiência mais fácil.
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