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Fundação Inatel leva à Batalha uma programação que une turismo, património, música e teatro
Programação turístico-cultural desenvolvida pela fundação e pelo município prevê a organização de viagens ao concelho da Batalha e eventos culturais como o Popular Inatel - Festival Itinerante, o projecto Polifonias e um ciclo de teatro
A Fundação Inatel, em parceria com o Município da Batalha, vai dinamizar até ao final deste ano uma renovada programação turístico-cultural, inspirada na missão da fundação em promover a “portugalidade”. O programa foi apresentado ontem, na Câmara da Batalha.
Nas palavras do presidente da fundação, a Inatel tem como missão “pegar na portugalidade, na defesa daquilo que nos faz ser um País, e sabendo que esta portugalidade se está sempre renovando, estabelecer uma relação entre as raízes desta portugalidade e o futuro, as novas gerações”.
Para Francisco Madelino, a Batalha é um dos locais “que mais nos liga à portugalidade”. “Foi aqui que se consolidou a independência nacional. Aljubarrota, o Mosteiro da Batalha, estão na essência desta portugalidade. Seja no turismo, cultura, gastronomia, identidade nacional ou na renovação da identidade portuguesa, a Batalha está neste centro”.
A programação prevê a dinamização de seis actividades, começando por viagens ao concelho da Batalha, para “públicos de outras zonas do País”, que se deslocarão ao território batalhense para “usar a gastronomia, ver a riqueza cultural do Mosteiro, visitar o campo de Aljubarrota e visitar aquilo que faz parte da Batalha”.
“Seja nestes públicos mais adultos e seniores, seja nos jovens, temos um campo de intervenção extremamente forte”, salientou o presidente da fundação.
Sobre as metas estabelecidas para as visitas, Francisco Madelino começou por ressalvar que este é um “período experimental”, que prevê “dois grupos de cerca de 50 pessoas”, ainda que o objectivo seja contar com “20 ou 30 visitas por ano”.
A segunda actividade relaciona-se com a Feira Internacional de Artesanato e Gastronomia da Batalha, que se realiza entre os dias 7 e 11 de Junho, onde a fundação levará actuações de cante alentejano, percussão de Miranda do Corvo e um espectáculo de dança com fogo.
Também o Popular Inatel - Festival Itinerante, iniciativa que inclui concertos, grupos etnográficos e animação de rua, vai estar pela Batalha entre os dias 30 de Junho e 2 de Julho, com concertos de Uxukalhus, Anaquim e Sensi.
Para o mês de Outubro está previsto um ciclo de teatro pelo concelho da Batalha, em articulação com o grupo de teatro O Alguidar.
De acordo com o presidente da Fundação Inatel, este ano será também dado um “salto qualitativo extremamente forte das polifonias”, passando pelo Mosteiro da Batalha circuitos de polifonias, já realizados em anos anteriores, e que agora envolverão filarmónicas, coros e outros grupos musicais.
Salientando este reforço das polifonias, Francisco Madelino deixou o desafio da dinamização de “um grande festival de polifonia, juntando não apenas as polifonias nacionais, como grupos internacionais”.
Na sua intervenção, o presidente do Município da Batalha, Raul Castro, revelou estar a ser estudada “a possibilidade de promover excursões de turismo sénior ao mosteiro com acesso a uma visita encenada pelo grupo O Nariz”.
“Além disso, há também pedidos ao Inatel, e está a ser organizada uma excursão do Norte, para visitar a procissão dos caracóis. Há hipóteses de, a pouco e pouco, ir consolidando e tornar-se aqui uma âncora para trazer mais turismo e mais conhecimento aos portugueses”, realçou o edil.
Já o director do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo, realçou a parceria entre a Fundação Inatel e o Mosteiro, há já quatro anos, com o projecto Polifonias. “Este projecto é potenciado e alargado de forma extraordinária com este interesse da autarquia em apoiar um programa alargado. Um projecto que aprofunda esta relação quadripartida: mosteiro, comunidade, autarquia e Inatel.”