Economia
Governo atento para que ao abrir a economia não se descontrole a pandemia
Pedro Siza Vieira sublinhou que, “quando não há clientes, obviamente o Estado deve intervir e apoiar as empresas”.
O Governo promete estar atento ao evoluir da pandemia em Portugal, para que ao se abrir a economia não se descontrole a pandemia, garantiu hoje, na Batalha, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.
Após a visita à empresa MatCerâmica, na Batalha, Pedro Siza Vieira afirmou que Portugal “tem um nível de contágio que está relativamente estável”, apesar de já se ter começado o “processo de desconfinamento há dois meses”.
“Temos de estar atentos e ir monitorizando tudo para assegurar que ao abrirmos a economia não descontrolamos a pandemia”, sublinhou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.
O governante lembrou que o vírus da Covid-19 vai continuar na população “até haver uma vacina e um tratamento eficaz”.
“Todos temos de habituar-nos a conviver [com ele], com hábitos que nos protejam a nós e aos outros. Também a principal tarefa que como comunidade temos de assegurar é que, em cada momento, o nível de contágios não foge de controlo e que os nossos serviços de saúde tenham sempre resposta adequada para os casos mais graves. É o que estamos a fazer em Portugal”, assegurou.
Pedro Siza Vieira acrescentou que “sempre que há desconfinamento começam a crescer os casos de contágio”, como está a suceder em outros países.
Lembrando que o Reino Unido só abriu os bares e os restaurantes no último fim de semana, e Madrid há duas semanas, o governante assegurou que Portugal “começou mais cedo e mantém a situação controlada”.
Pedro Siza Vieira afirmou ainda que a retoma da economia “vai ser muito desigual”.
“Temos sectores que estão a reagir muito bem, este [cerâmica] é um caso, onde a procura está nos mercados internacionais, ou a indústria transformadora.
Numa maneira geral, o que estamos a ver é a retoma da actividade com mais proximidade, alguns sectores do comércio também, mas sabemos que há outros sectores onde durante, provavelmente, um ano a actividade vai ser muito reduzida. É o caso do sector do turismo e das viagens”, explicou o governante.
Pedro Siza Vieira sublinhou que, “quando não há clientes, obviamente o Estado deve intervir e apoiar as empresas”.
“Há uma coisa que também sei, as pessoas vão voltar a viajar, a querer visitar Portugal, que é um destino turístico de excelência, o melhor destino do mundo. Portanto, temos de assegurar que durante este ano, que vai ser tão difícil, não haja uma destruição das empresas, para que quando os turistas voltarem haja capacidade de os servir bem, ou melhor, como sempre soubemos fazer”, reforçou.
Sobre a possibilidade de surgirem novas rotas para a TAP, o ministro admitiu que o Governo está a "trabalhar nisso".
“Queremos assistir à retoma da operação aérea. O País e o mundo beneficiam da existência de fronteiras abertas, da livre circulação de pessoas e de mercadorias, e a situação da pandemia, ao encerrar as rotas aéreas, ao fazer com que as pessoas tivessem limitações às suas deslocações, contribuiu para uma crise económica maior”, adiantou.
Segundo Pedro Siza Vieira, “quanto mais formos capazes de fazer esforços para ajudar a reposição da normalidade, seja através da possibilidade de as empresas poderem visitar os seus clientes, seja através da possibilidade de os visitantes estrangeiros puderem chegar a Portugal, tudo isso são esforços que estamos a fazer para ajudar a economia a recompor-se o mais depressa possível”.