Sociedade
Governo garante espaço e apoia financiamento do Museu da Floresta
Câmara da Marinha Grande tem de discutir projecto com Fundo Revive Natureza
Formalmente criado em 1999, até ao momento o Museu Nacional da Floresta nunca saiu do papel. Mas na passada sexta-feira, depois da reunião do Observatório do Pinhal do Rei, que decorreu no Auditório da Resinagem, na Marinha Grande, João Paulo Catarino, secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestes, garantiu que o Governo irá ceder gratuitamente o espaço e apoiar o financiamento desta infra-estrutura a criar no Parque do Engenho, na Marinha Grande.
Contudo, realçou o governante, não será o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a liderar o projecto. Terá de ser a autarquia a fazê-lo, pois ao INCF “não compete” e “nem tem vocação para gerir espaços museológicos”, apontou o secretário de Estado. Esse financiamento acontecerá “quando existir um projecto”, informou João Paulo Catarino.
Aurélio Ferreira, presidente da Câmara da Marinha Grande, recordou que, “há dois ou três anos”, o Parque do Engenho foi entregue ao Fundo Revive Natureza, cujo objectivo é a requalificação de imóveis públicos devolutos para fins turísticos, deixando o espaço de ser da responsabilidade do ICNF para ser do fundo.
Sucede que, sem a autarquia ter definido ainda o que será o museu, já o fundo entregou um dos 11 imóveis do Parque do Engenho à Academia do Resineiro. Tem sido falada também a criação de hotel de charme no parque, que “é bem-vindo”, notou o autarca.
No entanto, entende Aurélio Ferreira, a câmara tem de ser parceira nessa discussão e até agora não foi. Durante este mês de Setembro, o autarca terá nova reunião com elementos do Revive. “Estamos agora em condições de dar esse primeiro passo e mostrar o que nós temos como projecto”, informou o edil, sendo que o museu até poderá nascer em vários pólos diversificados pela floresta e não precisar de todo aquele espaço do parque. “Mas temos de decidir”, frisou o presidente.