Sociedade

Investigadora de Leiria à procura de vacina contra a clamídia

5 nov 2016 00:00

Natural de Boa Vista, Leiria, Catarina Nogueira trabalha nos EUA na área das doenças sexualmente transmissíveis.

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Maria Anabela Silva

Depois de em Portugal ter trabalhado na procura da origem de surtos de legionella, Catarina Nogueira tenta agora, nos EUA, descobrir uma vacina contra a clamídia, uma doença sexualmente transmissível provocada pela bactéria chlamydia trachomatis.

A investigadora, natural de Boa Vista, Leiria, lidera o programa de desenvolvimento dessa vacina na Genocea Biosciences, uma empresa de biotecnologia de Boston.

O convite para o projecto surgiu durante o pós-doutoramento que fez na Harvard Medical School, primeiro como bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e depois com duas bolsas atribuídas pela Universidade de Harvard, precisamente para estudar uma vacina que combata a chlamydia.

No âmbito desse trabalho, foi convidada pela Genocea Biosciences para fazer uma apresentação sobre a sua investigação na empresa. Já não saiu sem uma proposta de emprego, que acabaria por aceitar. Uma opção que justifica, em parte, por considerar que na indústria a investigação é “mais aplicada” do que nas instituições académicas.

“Temos objectivos muito definidos e prazos muitos restritos. A probabilidade de desenvolver um produto e de o ver a ter impacto na vida de um paciente é muito maior”, alega a investigadora, que espera que, em breve, a vacina que está a desenvolver possa chegar à fase de ensaios clínicos. “O meu sonho era poder ter um efeito benéfico na vida das pessoas que estão expostas a estes riscos de infecção”, afirma.

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