Sociedade
Investigadora de Leiria à procura de vacina contra a clamídia
Natural de Boa Vista, Leiria, Catarina Nogueira trabalha nos EUA na área das doenças sexualmente transmissíveis.
Depois de em Portugal ter trabalhado na procura da origem de surtos de legionella, Catarina Nogueira tenta agora, nos EUA, descobrir uma vacina contra a clamídia, uma doença sexualmente transmissível provocada pela bactéria chlamydia trachomatis.
A investigadora, natural de Boa Vista, Leiria, lidera o programa de desenvolvimento dessa vacina na Genocea Biosciences, uma empresa de biotecnologia de Boston.
O convite para o projecto surgiu durante o pós-doutoramento que fez na Harvard Medical School, primeiro como bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e depois com duas bolsas atribuídas pela Universidade de Harvard, precisamente para estudar uma vacina que combata a chlamydia.
No âmbito desse trabalho, foi convidada pela Genocea Biosciences para fazer uma apresentação sobre a sua investigação na empresa. Já não saiu sem uma proposta de emprego, que acabaria por aceitar. Uma opção que justifica, em parte, por considerar que na indústria a investigação é “mais aplicada” do que nas instituições académicas.
“Temos objectivos muito definidos e prazos muitos restritos. A probabilidade de desenvolver um produto e de o ver a ter impacto na vida de um paciente é muito maior”, alega a investigadora, que espera que, em breve, a vacina que está a desenvolver possa chegar à fase de ensaios clínicos. “O meu sonho era poder ter um efeito benéfico na vida das pessoas que estão expostas a estes riscos de infecção”, afirma.
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