Sociedade
ISLA passa a instituição de ensino superior politécnico
O curso de Psicologia esgotava em média, no ISLA Leiria, as vagas disponíveis.
O Instituto Superior de Gestão e Administração (ISLA) de Leiria passou a instituição de ensino politécnico, no início deste ano lectivo, alterando o nome (antes era Instituto Superior de Línguas e Administração). Depois de um rude golpe sentido com o fim do curso de Psicologia, que era a âncora da escola, e com a diminuição do número de alunos a que a crise financeira que o País começou a atravessar não foi alheia, a escola decidiu ir ao encontro do perfil dos seus docentes – mais virados para a vertente prática – optando por cursos mais ligados ao mercado de trabalho.
Domingos Martinho, director do ISLA de Leiria, conta que a A3ES - Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior não acreditou o curso de Psicologia. “Deparámo-nos com uma atitude inflexível e injustificável perante aquele que era o nosso curso bandeira. Mudámos o corpo docente, mostrámos que tínhamos condições para cumprir todos os rácios mas o curso acabou por não ser acreditado. Estamos a falar de um curso que em média, no ISLA Leiria, tinha mais alunos do que em todos os outros cursos juntos. Esgotava sempre as vagas”, revela o responsável, admitindo que esta decisão fez uma “grande mossa no número de alunos”, provocando uma quebra de “cerca de 55% no número total de alunos”.
Com o surgimento dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), em 2014, o ISLA percebeu que estes cursos seriam apenas para os politécnicos e, tendo em conta que os seus professores “estavam mais virados para as empresas”, arriscou a mudança para o sub-sector do ensino superior politécnico. “Percebemos que não fazia sentido uma instituição como o ISLA continuar a posicionar-se na área do ensino superior universitário porque as nossas características do ponto de vista dos cursos ligados ao mercado de trabalho, o perfil dos docentes e até o tipo de estudantes eram direccionados para uma condição muito prática.” Para Domingos Martinho, a passagem a politécnico, cujo despacho foi publicado no início deste ano lectivo, permitiu “reorientar e alinhar” o que já era feito. “Um dos grandes problemas que tivemos é que os nossos cursos tinham claramente características politécnicas, orientadas para o mercado de trabalho. No entanto, eram avaliados como universitários. O corpo docente, se calhar, não tinha tanta investigação fundamental no sector universitário, mas tinha muito mais experiência de especialista.
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