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Já começou em Leiria a Vigília Cultura e Artes
Artistas e técnicos dizem que não encontraram soluções imediatas nas medidas implementadas pelo Estado e pelo Ministério da Cultura
É um movimento nacional de artistas e técnicos agendado para hoje em 14 cidades e que está a acontecer em Leiria desde as 9 da manhã. A Vigília Cultura e Artes "pretende dar um rosto, uma voz e um corpo a todos os profissionais da cultura e das artes que ficaram sem qualquer fonte de rendimento e que não encontraram soluções imediatas nas magras e escassas medidas implementadas pelo Estado e pelo Ministério da Cultura", lê-se na página do evento no Facebook.
Em Leiria, a acção decorre no Largo do Papa e tem também presença no Facebook, aqui.
A esta hora, estão no local Frédéric da Cruz Pires (director artístico do grupo de teatro Leirena), Hugo Ferreira (fundador da editora Omnichord Records) e Vasco Silva (músico da banda Whales).
A vigília desenvolve-se através de pequenos grupos - de acordo com as normas em vigor relacionadas com a Covid-19 - que se vão revezar ao longo do dia.
A organização nacional refere que "o contexto actual veio desmascarar a realidade laboral do setor cultural em Portugal, que se caracteriza por uma intermitência constante", que foi "amplamente agravada por conta da pandemia Covid-19 aquando do cancelamento de toda a actividade".
Por outro lado, "as ajudas tardaram a chegar e mostraram-se fracas e insuficientes, não abrangendo nem metade dos profissionais que compõem o sector", garantem. "É hora de repensar, reestruturar e reajustar as condições laborais do sector cultural", consideram os promotores da vigília.
O protesto também tem núcleo em Caldas da Rainha e vigília anunciada na Praça 25 de Abril.