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“Leiria 1437” substitui Leiria Medieval, em tempo de pandemia

13 jul 2020 17:07

Como é obrigatório respeitar o distanciamento físico e evitar as aglomerações, município aposta em "iniciativa cultural e de sensibilização"

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Se tudo correr bem, a Leiria medieval regressará no próximo ano
DR

Sem horários nem locais anunciados, de modo a não contribuir para ajuntamentos de pessoas, a organização adopta para o evento Leiria 1437, que substitui o Leiria Medieval deste ano, devido à pandemia, um registo que "surpreenderá os utilizadores do espaço público com actuações dos grupos participantes".

Entre 18, 19, 25 e 26 de Julho, nas ruas da cidade de Leiria e de algumas freguesias do concelho, os grupos Marimbondo, Tentart, Boca de cão, Thorsten, Lega Senso, Te-Ato, O Nariz, O Gato, Manipulartes, Teatro Apollo, Sport Operário Marinhense, Sport Império Marinhense, CaosArte, Teatro AlguidarEspada Lusitana, Tocándar, Lôa Trovadoresca, Encerrado para Obras e Porta da Traição, oferecem, num registo deambulante, momentos de diversão e sensibilização na cidade.

Luís Mourão, dramaturgo e encenador do Leiria Medieval, afirma que a pandemia obriga "a encontrar alternativas, desenhar novas formas de fazer e procurar modos seguros de estarmos juntos”.

Caso a pandemia esteja controlada ou debelada no ano que vem, regressará o Leiria Medieval, que terá como tema as Cortes de 1438 e, espera-se, encherá de novo as ruas e as praças da cidade.

“Porém, tranquilamente e no respeito absoluto por todas as normas e disposições da Direcção-Geral da Saúde, este ano é outra coisa. Outra coisa mas, o mesmo respeito por todos os artistas que fazem da rua um palco e do público que lhes dá vida. Em 2020 fazemos, assim mesmo de surpresa...”, acrescenta Luís Mourão.

Este ano, fala-se de 1437, quarto ano do reinado de D. Duarte, que muitos gostavam que nunca tivesse existido.

“Até Agosto, o país viveu mergulhado no afã febril dos preparativos diplomáticos, logísticos e bélicos para o assalto e conquista da cidade de Tânger, exaurindo os parcos recursos nacionais e esgotando todas as fontes de empréstimo. Depois do desastre de Tânger o reino sobreviveu submerso no desespero ainda maior gerado pela pesada derrota do exército de Portugal na costa marroquina, pela angústia e mágoa no desembarque dos feridos e estropiados e pela ansiedade e temor pelo futuro dos homens aprisionados e por aqueles que ficaram em Ceuta. Entre eles o infante D. Fernando."