Sociedade
Leiria prevê investir 4,5 milhões de euros na rede de água em 2025
Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Leiria vão investir mais na rede de abastecimento de água, segundo o orçamento para 2025, aprovado na última reunião de câmara.
O orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Leiria para 2025 prevê um investimento na ordem dos 4,5 milhões de euros na rede de abastecimento de água, nomeadamente, na renovação de condutas, construção de adutoras e substituição de cerca de cinco mil contadores.
Com uma dotação total de 29,5 ME, os documentos previsionais reflectem uma mudança na estratégia de investimento, com a rede de água a absorver mais verba do que o saneamento.
“Relativamente ao plano plurianual de investimento está prevista uma mudança de paradigma, ou seja, vamos passar a investir mais ao nível da rede de abastecimento de água e não tanto ao nível do saneamento”, assinalou o vereador Ricardo Gomes, durante a última reunião de câmara, na qual foram aprovados os documentos previsionais com os votos contra da oposição.
Segundo Ricardo Gomes, os SMAS têm dedicado mais atenção à expansão da rede de saneamento no concelho, que se irá manter, mas de forma mais lenta, devido à necessidade de requalificar a rede de abastecimento de água “atendendo à idade das infra-estruturas”.
“Temos algumas condutas de fibrocimento que têm que ser substituídas, porque são tubagens frágeis”, reconheceu o autarca, adiantando que a intervenção decorrerá nos próximos quatro anos.
De acordo com a proposta de orçamento, que terá ainda de ser validada pela Assembleia Municipal, para o ano de 2025 estão previstos investimentos na ordem dos 4,5 ME na rede de abastecimento de água e 2,5 ME para os sistemas de drenagem de águas residuais.
Ricardo Gomes adiantou ainda que, neste momento, a cobertura da rede de água no concelho é praticamente de 100%, mas “apenas 87% [das pessoas] estão ligadas a essas infra-estruturas”. A maioria das pessoas que não aderem são “residentes nas freguesias mais rurais, porque têm captações próprias”.
Já a cobertura dos sistemas de drenagem de águas residuais é de 94%, com 80% de adesão ao serviço.
O vereador independente eleito pelo PSD, Daniel Marques, criticou que só 0,6% das condutas com mais de dez anos tenha sido substituídas. “Isso é um problema, porque as roturas constantes têm a ver com a idade das condutas.”
O vereador da oposição sugeriu ainda que se reforcem as campanhas de sensibilização para a poupança de água e para o uso de água de menor qualidade para regas ou abastecimento de carros dos bombeiros.