Sociedade
LIVRE alerta para recuperação prometida que não chegou à Mata Nacional de Leiria
Faltam "os carvalhos e outras espécies autóctones folhosas plantadas em vários pontos da mata"
"Seis anos depois do grande incêndio, que teve início no dia 15 de Outubro de 2017, e que reduziu a cinzas 86% da Mata Nacional de Leiria, os trabalhos de recuperação dos cerca de 9.500 hectares de deserto criado pelo incêndio progridem a um ritmo muito aquém do que foi sucessivamente prometido pelos responsáveis políticos."
O alerta é deixado pelo partido LIVRE de Leiria, que visitou a mata no passado dia 9 de Outubro e pôde "constatar uma evolução positiva dos trabalhos de recuperação, mas muito aquém do que seria desejável e do que foi planeado".
"A título de exemplo desta morosidade, foram necessários mais de cinco anos para, finalmente, ser reposto o parque de merendas do Tremelgo, que se encontra no limite da área ardida e é um equipamento muito importante para a população local. Foram também repostos os placares informativos sobre a mata, a sua fauna e flora", acrescenta uma nota de imprensa.
Segundo o LIVRE, "foram plantados pinheiros, limpos os matos e as espécies invasoras em alguns talhões e noutros, por exemplo, a norte de Pedreanes, junto à estrada que liga a Marinha Grande à Vieira de Leiria, os pinheiros plantados crescem com sucesso".
O partido acrescenta que faltam "os carvalhos e outras espécies autóctones folhosas plantadas em vários pontos da mata, e que são absolutamente essenciais para a biodiversidade e resiliência face ao incêndios" e que continua a "luta biológica contra a proliferação da espécie invasora acácia-de-espigas, com a introdução de um insecto predador, e os resultados são cada vez mais visíveis".
"O LIVRE continuará a lutar para devolver ao país e, em particular, às pessoas da Marinha Grande, uma Mata Nacional de Leiria mais biodiversa e mais resiliente, que cumpra o seu papel de barreira ao avanço das dunas e da desertificação que esteve na origem da sua plantação mas também no que são os desafios do século XXI, na luta contra as alterações climáticas e para que todas as pessoas possam voltar a usufruir da Mata para a prática de desporto, respirar ar puro ou tão só contemplar a sua beleza", remata.