Economia

Mapicentro procura parceiro para dar novo fôlego ao matadouro

8 abr 2021 10:33

Tem três linhas de abate de animais e serve sete concelhos, mas as instalações acusam a passagem dos anos. Matadouro da Mapicentro precisa de investimentos para ganhar novo fôlego

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Matadouro abate bovinos, ovinos, caprinos, suínos e leitões
Ricardo Graça
Raquel de Sousa Silva

Os accionistas da Mapicentro procuram um parceiro que esteja disposto a dar novo impulso ao matadouro de Leiria, que precisa de maior volume de trabalho para ser rentável. É que a estrutura existente implica “custos exorbitantes”, admitiu esta terça-feira a administração durante uma visita do presidente da Câmara de Leiria.

“Gostaríamos que aparecesse alguém interessado, um parceiro que queria estar connosco”, disse ao JORNAL DE LEIRIA a administradora, Rosário Coelho. “Teria gosto em que a Mapicentro continuasse, para mim tem muito valor sentimental, trabalhei lá dias e noites inteiras”.

Aos 78 anos, a responsável tanto está disponível para ficar mais algum tempo a “ajudar” como para sair. “Reconheço que tenho de arrumar a casa. A dada idade, toda a gente tem de pensar em fazê-lo”.

Os últimos anos não têm sido fáceis e a empresa viu-se obrigada a recorrer a um PER (Plano Especial de Revitalização). “Estamos a cumprir”, garante Rosário Coelho, adiantando que se a empresa recebesse o dinheiro que “tem na rua” – cerca de três milhões de euros – “poderia pagar logo a toda a gente”.

Sem revelar valores, a administradora reconhece que a facturação “é muito baixa”, já que a concorrência é cada vez maior. O matadouro tem três linhas de abate – bovinos, pequenos ruminantes e suínos/leitões – e está integrado na rede nacional de abate.

Além da prestação dos serviços de abate, também compra, abate e comercializa suínos. A outra única fonte de receita é a venda das peles. A recolha dos sub-produtos sem valor tem de ser paga pela empresa. “Os encargos são enormes, precisamos de volume de trabalho para rentabilizar o negócio. Além disso, a estrutura, como mais de 20 anos, precisa de ser modernizada”, explicou ao JORNAL DE LEIRIA fonte da empresa

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