Viver
Marinha Grande. Histórias e palavras do vidro em mupis espalhados pela cidade
Trabalhadores da indústria do vidro colaboraram durante meses com um arquitecto e uma coreógrafa e o resultado é uma colecção de cartazes sobre o legado e o futuro do sector, para ver na rua
Corpo, manual, desobediência, histórias, colectivo, fim. Seis palavras, a espoletar a ocupação de 12 cartazes, que vão estar espalhados nas ruas da cidade, em mupis, nas próximas semanas.
A ligá-los, o vidro manual e a iniciativa Artistas no Território.
A voz do operário volta a manifestar-se na Marinha Grande, mas, em vez de cortes de estrada e confrontos com polícias de choque, como nos piores momentos dos despedimentos e falências da década de 1990, surgem vias de comunicação entre o passado, o presente e o futuro.
Cada cartaz, dos seis que agora vão ao encontro da população do concelho, é um glossário de vivências, em que a palavra-chave aparece ao centro, rodeada por frases, imagens e ilustrações: “que futuros tem o vidro manual?”, “não há solidão no trabalho das obragens”, “o corpo subordinado à velocidade da máquina”, “pote sem sangue não é pote”, “nove meses de salários em atraso”, “fuja senhor ministro que aí vai galheta!”, “que lugares para a desobediência existem hoje?”, “luta contra o individualismo”, “colectas de dinheiro para as famílias dos presos políticos”, “movimento associativo”, “o que vem depois do fim?”, “uma arte nunca morre!”, entre muitos outros exemplos.
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