Sociedade
Mercado de Mira de Aire reabriu ao público após obras de requalificação
Inauguradas este sábado, obras custaram cerca de 300 mil euros. Além das tradicionais bancas, mercado terá lojas e áreas para restauração
A multiplicidade de cores, inspirada nas tradicionais mantas da Mira, presente no edifício, mistura-se com o colorido das frutas e dos legumes expostos nas bancas do mercado de Mira de Aire, que, este sábado, reabriu portas, depois de obras de requalificação.
Iniciada no anterior mandato autárquico, a intervenção custou cerca de 300 mil euros, permitindo a reabilitação e modernização de um edifício que apresentava lacunas "estruturais", bem como a diversificação da oferta.
Além das tradicionais bancas de vendas de produtos frescos, o mercado conta agora com uma área para restauração, com quatro espaços, e de uma zona para "valorizar as artes e tradições de Mira de Aire" no apoio aos artesãos e produtores locais. Dispõe também de sete lojas e de um espaço expositivo, que pode ser utilizado para a realização de workshops e de outras actividades.
Presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala explica que a obra do mercado está associada ao programa da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Mira de Aire e faz parte da "estratégia a 15 anos" delineada para a vila, que, em tempos, foi um dos grandes pólos da indústria têxtil d País.
"Mira de Aire sofreu nas últimas décadas algum retrocesso social e urbanísticos. Queremos trazer uma nova dinâmica à freguesia e reacender o bairrismo que sempre caracterizou este território", afirma o autarca.
Sobre a intervenção no mercado, Jorge Vala destaca a modernização das instalações e a multi-funcionalidade do espaço. Como a maioria das bancas "não é fixa", é possível utilizar o local para a realização de eventos. Por outro lado, a intenção da autarquia é que, no futuro, o mercado possa abrir portas todos os dias e não apenas ao sábado, dia em que funciona a venda de produtos frescos.
"Estamos a trabalhar numa estratégia de ligação da âncora turística de Mira de Aire - as grutas - à vila. O objectivo é que os turistas possam também visitas o MIAT [Museu Industrial e Artesanal do Têxtil], a igreja velha, transformada em centro expositivo, e passar pelo mercado, para uma experiência gastronómica e para conhecerem produtos regionais", salienta o presidente da câmara.
Em dia de inauguração, apenas estiveram a funcionar as bancas de frescos, esperando-se que as lojas, "praticamente todas ocupadas", possam abrir nos próximos dias. Jorge Vala justifica a situação com um "atraso" na obtenção da certificação que permite que os espaços tenham contador de electricidade autónomo. Um "pormenor" que ficará resolvido "na próxima semana", garante.
"Fazia sentido inaugurar hoje, integrando a reabertura no programa do Festival Viver, um momento importante para o concelho e de afirmação deste território", afirma o autarca.