Abertura
Meu querido mês de Agosto: a festa dura até ser dia
Os dois anos de pandemia mudaram o paradigma das festas populares. Arraiais organizados de forma profissional, com mais gente, e para onde os jovens se mudaram, trocando as pistas de dança e os bares pelos balcões improvisados. É lá que dançam até de manhã
“Pessoal, quando eu tinha a vossa idade a noite a esta hora estava a acabar. Hoje já fui fazer um casamento e agora estou aqui. Conto com a vossa ajuda, vamos até de manhã!”. Em cima do palco da festa em honra de São Pedro, em Albergaria dos Doze, o dj Cazé lançava um apelo às centenas que enchiam o recinto, na esmagadora maioria jovens, no último fim-de-semana de Junho.
São 4 da manhã e o Dj - que este ano comemora 40 anos de carreira - teve também de se reinventar: passou das pistas de dança das discotecas da região para os arraiais populares. Desta vez está a jogar em casa, na sua terra-natal. Mas o Verão faz-se de muitos quilómetros, muitas vezes a trocar o dia pela noite. E Agosto em Portugal é mesmo “uma festa em cada dia”, como cantava Roberto Leal.
O músico Graciano Ricardo abre a agenda no telemóvel e tenta encontrar os dias em que vai poder descansar. Será apenas um por semana, na maioria das vezes à terça-feira. Olhando para os 31 dias do mês, pelo menos 24 são preenchidos com eventos públicos, a maioria no concelho de Pombal, onde mora. Mas há anos que o organista é uma estrela em certos concelhos do interi
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