Sociedade
Migrantes vão saber mais sobre saúde em Leiria
Politécnico de Leiria lança projecto para promover literacia em saúde na comunidade migrante
O projecto Saúda(e) Migrantes vai ajudar a dotar os imigrantes que chegam de uma maior literacia em saúde.
Como resultado da realização de um diagnóstico de necessidades tendo em conta as principais problemáticas e dificuldades que os estudantes migrantes enfrentam quando chegam à instituição, o Politécnico de Leiria vai desenvolver uma intervenção prática junto destes jovens, que contempla o acolhimento, a solidariedade, a inclusão e a integração na comunidade académica, correspondendo aos diferentes perfis de estudantes migrantes, refugiados ou estudantes internacionais em situação de vulnerabilidade acrescida, que chegam ao Politécnico de Leiria com a sua experiência de vida nos seus diferentes ambientes e aspetos sociais, psicológicos e económicos.
Este projecto de literacia da Saúde integra um ciclo de sessões de esclarecimento com diferentes temáticas, dinamizadas por especialistas da área da Saúde, bem como encontros presenciais para discussão de temas específicos, sempre que sejam relevantes para um determinado grupo de migrantes, refere uma nota de imprensa.
A iniciativa disponibilizará ainda um endereço de e-mail para o qual os estudantes poderão remeter as suas dúvidas, garantindo-se a individualidade e a confidencialidade da informação.
No âmbito da criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) no Politécnico de Leiria, em Julho de 2022, com a coordenação da técnica superior Lina Rosálio, foi constituída uma equipa para implementação e acompanhamento do Saúda(e) Migrante, sob a coordenação da pró-presidente da Saúde, Qualidade de Vida e do Bem-Estar, Carolina Henriques, e composto pelos docentes Cátia Pontes, Francisco Barrantes, Paulino Rosa, Rogério Salvador, Sónia Ramalho e Susana Custódio.
"Este projecto pretende ser um modelo e uma abordagem à educação e promoção da saúde, orientado para a intervenção e, de acordo com as necessidades, valores e trajectos de vida de cada estudante migrante do Politécnico de Leiria", explica Carolina Henriques, citada na nota de imprensa.Segundo a pró-presidente, "o perfil demográfico cada vez mais diversificado na comunidade migrante vem reforçar a necessidade urgente na construção de instituições públicas de ensino superior mais inclusivas".
"Com base neste alinhamento, o Politécnico de Leiria tem procurado fortalecer os seus programas de Educação na área e na promoção da Saúde, enquanto estilo de vida saudável dos seus estudantes migrantes e refugiados. Esta estratégia não só concede a integração destes estudantes, como facilita o alcance da literacia para a Saúde, permitindo que a comunidade migrante tome as melhores decisões individuais nesta matéria", acrescenta.
As datas das sessões de literacia em Saúde serão anunciadas no site e nas redes sociais do Politécnico de Leiria a partir do presente mês.