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m|i|mo comemora 20 anos com desejo de internacionalização
O museu precisa de ter uma projecção e notoriedade a nível nacional maior. Isso passa também por tornar Leiria uma cidade cada vez mais atractiva do ponto de vista turístico.
O m|i|mo - museu da imagem em movimento, em Leiria, comemora 20 anos com o desejo da internacionalização, apesar de querer manter a identidade do concelho através da promoção de personalidades locais.
Com vista para o Castelo de Leiria, um edifício moderno, restaurado há seis anos para receber o m|i|mo - museu da imagem em movimento, esconde peças únicas e de referência que contam a história da fotografia e do cinema.
Apesar de ter “uma forte ligação a um conjunto de universidades” e de ter investigadores que dedicam uma parte significativa do seu tempo a trabalhar as áreas do pré-cinema, por exemplo”, o museu pretende dar um salto mais alto, revelou o vereador da Cultura da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes.
“O museu precisa de ter uma projecção e notoriedade a nível nacional maior. Isso passa também por tornar Leiria uma cidade cada vez mais atractiva do ponto de vista turístico. O nosso grande objetivo é transformar Leiria em um território de experiências únicas, num polo de enorme atração turística, o que vai tornar o m|i|mo muito mais conhecido no contexto nacional e internacional”, sublinhou Gonçalo Lopes, adiantando que os visitantes ficam “muito surpreendidos” com a coleção disponível.
Para Gonçalo Lopes, trata-se de “um museu de referência na área da fotografia e do pré-cinema”, que “tem um conjunto de peças e de obras recolhidas durante 20 anos”. A estereoscopia – imagens em 3 dimensões (3D) tem atraído muitos estrangeiros ao museu.
“É um tema que tem um fascínio internacional, mas é importante que o museu mantenha a identidade local para criar o seu próprio público e a rotina de visita, sobretudo, através dos serviços educativos e das exposições temáticas”.
“Temos representado uma das principais colecções de um fotógrafo emblemático da cidade de Leiria, que nos últimos 75 anos tem representado um conjunto de cenários e que representa também uma certa identidade local”, disse, exemplificando com a existência de “peças únicas, muito especiais na área da estereoscopia, maquinaria de projecção de antigas salas de cinema portuguesas e estrangeiras ou um conjunto de lanternas mágicas excepcionais”, informou o autarca.
Um museu “bastante rico e diversificado” resultou da colecção que foi sendo recolhida ao longo dos 20 anos, através de doações ou de aquisições do município. “Temos aqui uma riqueza enorme ainda por explorar e valorizar e esse tem sido a missão do m|i|mo nos últimos anos”.
Investigadores nacionais e internacionais têm estudado a colecção que se encontra em Leiria. “Estamos a falar de uma área muito específica, que mobiliza pessoas para observarem aquilo que são as fotografias antigas e a sua animação em termos de 3D, com equipamentos próprios, alguns históricos e outros adaptados. Esta é uma vantagem que o m|i|mo oferece no contexto de atratividade no contexto nacional, porque é muito específico. A nível nacional só há a Cinemateca, mas no que diz respeito a determinado tipo de peças, nomeadamente nesta área do 3D, não tem”.
Gonçalo Lopes garantiu que, na estereoscopia, o m|i|mo possui “uma coleção impressionante, uma das mais valiosas do país”.
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