Sociedade

Município de Pombal retira dinheiro da CGD se o banco abandonar Louriçal

6 jun 2018 00:00

Câmara de Pombal ameaça retirar 7.1 milhões de euros do banco nacional.

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O Município de Pombal vai retirar cerca de 7,1 milhões de euros de saldo que tem na Caixa Geral de Depósitos (CGD), caso o banco acabe com a agência na freguesia do Louriçal. Diogo Mateus (PSD) comunicou na reunião de câmara de hoje que a autarquia irá transferir todo o saldo que o Município tem na CGD para outras entidades bancárias, lembrando que se trata de cerca de 7,1 milhões de euros.

"Os clientes do banco na freguesia do Louriçal receberam uma carta da instituição bancária a referir que por uma questão de optimização e por que tem aumentado o número de clientes na área digital, o balcão do Louriçal será transferido para o Paião", na freguesia de Figueira da Foz, disse o presidente.

Diogo Mateus ironizou que "por as pessoas do Louriçal serem muito tecnológicas não vale a pena terem ali uma agência física", o que não "parece ser optimização".

"Não entendo que seja justificação nem que seja bom para ninguém. Aliás, nem vejo onde é que haverá alguma poupança, uma vez que, se vão abrir um balcão no Paião, os funcionários serão transferidos. Esta é mais uma subtração a um território que já tem problemas graves na saúde e que vão além das portas da escola, com a diminuição do número de alunos dos estabelecimentos escolares", constatou.

O presidente acusou ainda o Estado de estar a "desinvestir forte na sua remoção da sua responsabilidade".  

Segundo Diogo Mateus, "não houve qualquer contacto da CGD com a Câmara de Pombal, quando outras instituições privadas costumam ter esse cuidado".

"Se temos uma relação apenas comercial e o banco do Estado dispõe sem consideração por aquilo que são as pessoas, vamos deixar de trabalhar com a CGD. Devemos ser o melhor cliente do concelho, agora terão de procurar outro que tenha 7,1 milhões de euros de saldo", disse o autarca.

Diogo Mateus revelou ainda que vai "desafiar outras entidades a juntarem-se numa atitude de solidariedade para fazer vingar a defesa dos territórios" mais desertificados, perante "esta fobia economicista".