Desporto

"Não podemos olhar para a tabela e dizer que não somos candidatos"

1 dez 2017 00:00

A 2.ª Divisão de andebol chegou a meio, com a Juve Lis na liderança. Fomos saber o que vai naquelas cabeças.

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Não há muitas pessoas que fiquem satisfeitas com um empate num derby, porque se há jogo que todos querem ganhar é precisamente aquele que é disputado com o vizinho do lado.

No entanto, para desgosto de (quase) todos, foi precisamente isso que aconteceu no desafio do passado sábado, entre as equipas de andebol da Sismaria e da Juve Lis (22-22), que contribuiu para que o sete de André Afra tenha chegado, de forma inédita, ao final da primeira volta na liderança da zona Centro da 2.ª Divisão.

Estamos, pois, com 50% da competição disputada. Esta temporada, o clube de Leiria apostou forte, mas numa perspectiva de médio prazo, tendo rejuvenescido a equipa e contratado dois internacionais por Cabo verde.

Contudo, os resultados ultrapassaram as expectativas e a equipa chega a esta linha temporal sem ter ninguém à sua frente. “Estamos na frente, os dois primeiros vão à fase final, mas não era esse o nosso objectivo inicial. Não somos favoritos, mas neste momento já somos candidatos a ir à fase final”, admite André Afra.

Na época passada, por esta altura, a Juve Lis ocupava os últimos lugares. Para o guarda-redes Francisco Aguiar, um dos capitães, foram duas, as alterações de fundo que permitiram esta melhoria de resultados.

“Há mais e melhor treino, mas também mais soluções para a equipa, apesar de ser mais jovem. É o terceiro ano em que competimos na 2.ª Divisão e estamos mais adaptados, o que tem reflexos no jogo.”

As soluções de que Francisco fala são sobretudo Kivan Dongo e Edilson Morais, atletas cabo-verdianos que representam todo um mundo novo de oportunidades.

“Era de dois andebolistas com estas características que precisávamos. O Kivan, um jogador com peso e estatura para jogar no meio dos adversários e que a curto e médio prazo nos vai ajudar também do processo defensivo, e o Edilson, um bom defensor, bom rematador e forte no jogo de um contra um, que era algo que não tínhamos. Estão ainda verdes e com muito para evoluir”, diz André Afra.

Apesar da satisfação, o treinador não quer que o grupo embandeire em arco. Realça o grande equilíbrio da série, onde “toda a gente pode roubar pontos a toda a gente”. “As épocas não se podem ver por meias épocas”

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