Sociedade

Nazarena, a estátua de seis metros e meio que vai abrir uma das portas da vila

18 abr 2022 18:30

Bugalho Ferros, escultor de Alcobaça, será o autor de quatro novas estátuas

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Daniela Franco Sousa

Uma nazarena gigante e uma abóbora de grandes dimensões prometem tornar-se novos pontos de atracção da Nazaré. Bugalho Ferros, artista natural do concelho de Alcobaça, será o autor destas e de outras esculturas, feitas em aço corten, que deverão ser instaladas em diversos pontos de entrada do município.

Walter Chicharro, presidente da Câmara da Nazaré, adiantou hoje que, para a rotunda próxima do Ohai Nazaré (antigo Valeparaiso), está prevista uma nazarena de 6,5 metros de altura, vestida de trajes típicos, e onde, em diferentes saias, estarão inscritos os nomes das várias localidades geminadas com o município.

Para Valado dos Frades será esculpida uma abóbora de seis metros de diâmetro, por cinco de altura, que representará a forte tradição do cultivo deste vegetal na localidade. Já para Famalicão está prevista a instalação do brasão da freguesia.

A estas três peças, que deverão estar prontas até ao fim do ano, junta-se outra, alusiva às ondas gigantes, a criar mais tarde, pelo mesmo autor, na rotunda de acesso à Nazaré via IC9, explicou o presidente da autarquia.

No total, as obras custarão cerca de 100 mil euros, informa o presidente da autarquia.

Ao nosso jornal, Walter Chicharro explicou que a escolha do artista deveu-se ao facto de ter já provas dadas, com trabalhos instalados não apenas na região de Leiria, mas em todo o País [como é o caso da estátua de homenagem a Cosme Damião, um dos fundadores do Sport Lisboa e Benfica, colocada junto ao Estádio da Luz]. Mas também, e sobretudo, porque Bugalho Ferros trabalha com uma matéria-prima resistente às condições adversas sentidas num território próximo do mar.

O autarca disse ainda que, do seu ponto de vista, são mais interessantes obras de arte que servem de identificação de cada território, do que propriamente placas com a designação dos lugares.

O investimento em arte pública, que de modo "mais democrático" permite formar públicos e promover o seu sentido crítico, foi elogiado em reunião de câmara por João Paulo Delgado, vereador da CDU.