Sociedade
Número de despejos aumenta com escalada de preços na habitação
Processos apresentados por proprietários do distrito de Leiria, em 2022, registaram um aumento de 46% face ao ano anterior. Os pedidos feitos este ano continuam a revelar uma tendência de crescimento.
Foram meses de “angústia”, com o medo de “acabar a viver na rua” sempre presente na sua vida. Sílvia, 45 anos, viu o chão fugir-lhe quando foi informada pelo senhorio que o contrato de arredamento não seria renovado. Sem conseguir uma alternativa que pudesse pagar com a reforma de invalidez de 412 euros e o apoio da Câmara de Leiria no âmbito do Programa de Comparticipação ao Arrendamento, foi ficando no T0, “a cair aos bocados”, pelo qual pagava 200 euros, o que levou o senhorio a intentar uma acção de despejo.
"Ou ficava ou ia para rua. Pediam-me 400, 500 ou 600 euros. Não podia pagar”, conta Sílvia, assegurando que continuou “sempre” a pagar a renda. Ao fim de cinco meses e ainda sem uma decisão final em relação ao processo de despejo, viu uma luz ao fundo do túnel, quando “apareceu” uma casa por 350 euros. Apesar de “afastada” do centro de Leiria, e de ser mais cara do que o valor que estava a pagar, aceitou a proposta. “Não é fácil, mas com a minha reforma e o apoio da câmara, tenho conseguido cumprir.”
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