Viver
Palavra de Honra | Faz-me bem ter sempre presente que as coisas passam
André Roque - Produtor Musical
- Já não há paciência … para publicidades sobre coisas aleatórias que falei pela primeira vez em dez anos numa conversa de café há cinco minutos.
- Detesto… assistir a falta de civismo. Especialmente quando se trata de uma pessoa sentada numa mesa sem qualquer tabuleiro na companhia dos seus três amigos imaginários. Há gente a querer comer rapidamente porque tem que ir trabalhar. “Desculpe, posso? Não, está ocupado.”
- A ideia… é ter sempre um plano para seguir, aceitando que não vai acontecer dessa forma.
- Questiono-me se… trouxe tudo comigo. Eu acho sempre que sim, mas o mais certo é ter deixado as chaves em casa.
- Adoro… música, filmes, livros, ténis, amigos e família. Se possível, todos juntos em doses generosas.
- Lembro-me tantas vezes… do privilégio que é ter uns pais que aceitaram ter um filho músico e outro atleta. Infelizmente, fazer o que se gosta não é para todos, mas ter alguém a incentivá-lo a tentar é ainda para menos.
- Desejo secretamente… deixar alguma coisa bem feita. Lançar um álbum, escrever um livro ou até plantar uma árvore não é algo de louvar por si só. Experimentem plantar um eucalipto ao lado de uma bomba de gasolina ou gravar as Variações de Goldberg em kazoo.
- Tenho saudades… todos os dias. Faz-me bem ter sempre presente que as coisas passam.
- O medo que tive… de ficar sem pilha antes de conseguir gravar. Sim, os meus pais também achavam que jogava demasiado Game Boy.
- Sinto vergonha alheia… de pessoas, sempre de pessoas. Nunca tive vergonha alheia de um cão ou de um gato, são muito genuínos.
- O futuro… será sempre muito incerto. Tento não pensar muito nele. Vou tentando dar o meu pequeno contributo para que se alimente a esperança de um mundo mais justo e mais atento às artes.
- Se eu encontrar… mais tempo livre, fico com ele. Peço desculpa.
- Prometo… tentar ajudar o máximo possível. Nunca vou conseguir retribuir toda a ajuda que me deram, mas acho que vale a pena tentar.
- Tenho orgulho… em não ter muito orgulho. O orgulho tem-se tornado num sentimento perigoso. Há muita gente orgulhosa da sua terra, das suas raízes e dos feitos heróicos do seu povo, que tornam esse orgulho no pilar da razão. Quanto muito, tenho orgulho em ser do mundo e de ter a oportunidade de conhecer pessoas e culturas diferentes todos os anos. Faz-nos bem ouvir música de vários estilos e de diferentes tonalidades. Acho que ainda há muita harmonia por descobrir.