Sociedade
Petição contesta instalação de painéis fotovoltaicos na barragem do Cabril
Até ao momento, o abaixo-assinado foi subscrito por cerca de 1.150 pessoas, que pedem a intervenção das autoridades competentes no sentido de travar o que os signatários consideram tratar-se de um “crime ambiental e paisagístico”
Perto de 1.150 pessoas já subscreveram uma petição a contestar a instalação de uma central solar flutuante no barragem do Cabril, em Pedrógão Grande. No documento, os signatários pedem às autoridades competentes para travarem o projecto, que consideram “um crime ambiental e paisagístico”.
Dirigida ao presidente da Assembleia da República e à ministra do Ambiente, a petição defende a intervenção da tutela no sentido de “proteger a paisagem natural desta zona, assim como evitar a sua descaracterização através de uma instalação com elevado impacto de uma área turística nacional de excelência”.
No documento é sublinhado o facto de a barragem e a nvolvente serem actualmente “uma zona de lazer, utilizada pelos cidadãos para a realização de actividades náuticas” e recreativas, como passeios de canoa, paddle, pesca desportiva, passeios náuticos e pedestres”.
“A instalação [da central fotovoltaica] eliminará o factor de atractividade desta área assim como todo o seu potencial turístico”, alegam os signatários da petição, que temem também que o projecto tenha “impacto na biodiversidade”-
A central fotovoltaica flutuante de Cabril ocupará cerca de 35 hectares e abrangerá os concelhos de Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Sertã (Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (Coimbra), que partilham a albufeira de Cabril.
O projecto tem merecido contestação das autarquias e mereceu o parecer negativo da Câmara de Pedrógão Grande, que considera que terá um "gravíssimo impacto negativo" no concelho e nos território vizinhos.