Sociedade
Pimpão exigiu reforço de médicos nas freguesias e unidades de saúde
No XXVI Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses
No Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu ontem, sábado, no Seixal, o presidente da Câmara Municipal de Pombal, Pedro Pimpão, exigiu o reforço de médicos nas freguesias e unidades de saúde.
O autarca apelou ao aumento do investimento nacional no sector da saúde, salientando que o assunto que "mais preocupa" os cidadãos portugueses é a saúde e que os municípios "não podem deixar de ser solidários com as suas populações na justa reivindicação de mais e melhor prestação de cuidados de saúde".
Pimpão exemplificou com o concelho de Pombal, um território com 51 mil habitantes, onde existem cerca de 17 mil utentes sem médico de família. Um "número gritante e deveras preocupante", salientou.
O autarca realçou a urgência na colocação de mais profissionais de saúde nas freguesias, fundamentais para a coesão territorial, além da necessidade de avançar com a reorganização eficaz da rede de cuidados saúde primários, com o aumento da capacidade de resposta das unidades hospitalares e com o reforço de médicos nas unidades de saúde e nas freguesias.
O Presidente da Câmara Municipal de Pombal apelou aos órgãos nacionais da ANMP que, juntos, possam exigir aos nossos governantes e a quem tem responsabilidade sectorial nesta matéria, para haver real investimento e uma aposta forte na melhoria da prestação dos cuidados de saúde à população "que são a razão de ser da nossa missão".
Em relação à descentralização de competências, o presidente da Câmara de Pombal reconheceu ser "uma alta transferência de responsabilidades e uma baixa transferência de verba para os municípios", obrigados a "canalizar verbas dos seus parcos orçamentos para colmatar o défice de financiamento das novas responsabilidades".
Ainda referindo-se à educação, lamentou o atraso do compromisso que o Governo assumiu com as autarquias que iria custear a 100% o financiamento das escolas que passaram para as suas responsabilidades, sendo que, estando a meio dos mandatos autárquicos, não há ainda avisos de financiamento abertos. "Nenhum autarca vai poder concretizar neste mandato essas obras, por inércia do Governo que ainda não concretizou o compromisso que assumiu com as autarquias locais há mais de um ano."