Sociedade
População contesta eventual expansão da pedreira no Barrocal
GPS alerta para impactos ambientais e apresentou denúncia à GNR.
A população do Barrocal e o Grupo Protecção Sicó (GPS) querem impedir a alegada expansão de exploração de inertes da empresa Iberobrita no Monte do Ouro, em Pombal.
Reunidos no cimo do monte, a população evidenciou o seu desagrado com o facto da empresa se preparar alegadamente para invadir os terrenos baldios que pertencem aos compartes.
“O GPS apresentou uma denúncia ao SEPNA [Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente] da GNR e deu a conhecer à CCDR [Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional], Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Agência Portuguesa do Ambiente, IGAMAOT [Inspecção- Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território] e ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica]. Já tínhamos alertado quando foi discutida a revisão do PDM [Plano Director Municipal]”, revela Hugo Neves, representante do GPS nesta matéria.
Segundo este responsável, o valor de 36 mil euros que será pago à autarquia é “insignificante” para a área - “cerca de um quilómetro quadrado, com profundidade acima dos 100 metros” - e o impacto ambiental que a exploração vai ter.
“Se o impacto visual já é muito grande ao fazer a expansão vai aumentar os problemas ambientais, com impactos na flora e na agricultura de subsistência”, alerta Hugo Neves, realçando ainda o aumento da poeira.
Fernando Domingues, um dos membros da associação de compartes dos baldios, que utilizam os terrenos para actividade de pastorícia, agricultura ou até para utilização de terras, lamenta a “invasão” dos terrenos baldios, o que manifesta uma má vontade em discutir com as pessoas da terra.
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