Sociedade
Presidente da Câmara de Leiria "incomodado" com ruído "excessivo" da Noite Amarela
"Foi exagerado. Para mim, aquele tipo de espectáculo não se volta a repetir", assumiu Gonçalo Lopes, em resposta à interpelação de um morador feita na reunião de câmara

O presidente da Câmara de Leiria admitiu que ficou "incomodado" com o "ruído extremamente excessivo e prolongado", provocado pelo espectáculo musical da Noite Amarela, que aconteceu no passado dia 26, no centro da cidade.
Gonçalo Lopes respondia a uma intervenção feita, na última reunião de câmara, por António Monteiro, morador na avenida Heróis de Angola, que se queixou do "tipo de barulho" gerado pelo evento. Segundo o residente, as lojas fecharam entre as "22:30 e as 23 horas", mas o espectáculo continuou até às 2:30 horas, com um "tipo de música que fazia a casa abanar por todo o lado".
"Foi exagerado. Para mim, aquele tipo de espectáculo não de volta a repetir", assumiu o presidente da câmara, sublinhando o esforço que o município tem feito para conciliar a realização de eventos , que cria actividade economia e a atractividade à cidade, com a vivência dos moradores.
Também Álvaro Madureira, vereador independente eleito pelo PSD, partilhou as preocupações daquele residente e propôs a criação de uma equipa "vocacionada para fazer medições de ruído e avaliação do impacto dos eventos, para que se consiga "um equilíbrio entre os eventos, que são necessários, e o ambiente saudável".
Em resposta, Anabela Graça, vereadora da Cultura, referiu que essa avaliação já acontece e tem resultado em melhorias. "Em 365 dias do ano, temos dez noites com eventos que provocação perturbações ao nível do ruído", alegou.
Sobre o espectáculo da Noite Amarela, Anabela Graça disse que "foi uma excepção". "Só naquele dia tivemos percepção do tipo de evento. A organização não é nossa", acrescentou.