Sociedade
Presidente da Museus e Monumentos de Portugal defendeu aeroporto no Centro para diminuir pressão dos turistas em Lisboa e promover resto do País
Ir para destinos que ficam a uma hora ou hora e meia de Lisboa, “é aceitável para a maioria” dos visitantes
Com vários dos mais importantes museus de Lisboa a encerrarem para obras em 2025, a Museus e Monumentos de Portugal (MMP) e a crescente pressão nos restantes pontos de interesse, está a procurar soluções para canalizar os turistas para outros museus e monumentos importantes a nível nacional.
Na região, os monumentos Património da Humanidade da UNESCO da Alcobaça, Batalha e Tomar e o santuário de Fátima, fazem parte da lista, contudo o presidente da MMP reconheceu dificuldades em levar os turistas a sair da capital.
Em declarações à Agência Lusa, Alexandre Pais defendeu que seria importante criar um aeroporto na zona Centro, “porque isso iria retirar uma série de turistas das zonas, neste momento, mais sobrecarregadas e poderia cativar uma série de turistas”, nomeadamente para Fátima, Tomar ou Batalha, por exemplo.
O responsável alegou que ir para destinos que ficam a uma hora ou hora e meia de Lisboa, “é aceitável para a maioria” dos visitantes estrangeiros.
“Temos capacidade para ter mais turistas, mas, de facto, há uma distribuição deficiente”, sublinhou.
O presidente da MMP, que assumiu o cargo há cerca de seis meses, admitiu que ainda não tem uma estratégia “muito clara” para resolver “a pressão muito grande” sobre espaços como o Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e os museus dos Coches e do Azulejo, mas adiantou que entre as soluções estarão formas de levar turistas para fora de Lisboa, com a promoção de espaços em locais que são Património Mundial, como Mafra, uma vez que “Sintra já atingiu o seu limite de capacidade”.