Sociedade

Presidente defende que Leiria terá de realizar “investimento muito alto” em mobilidade suave

31 ago 2021 18:36

Autocarros eléctricos, movidos a gás, ou até a hidrogénio podem ser uma realidade a curto prazo em Leiria

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Município de Leiria quer mudar combustível dos autocarros
Ricardo Graça/Arquivo

O presidente do Município de Leiria, Gonçalo Lopes, admitiu hoje que a autarquia terá de realizar um “investimento muito alto” na mobilidade suave do concelho, utilizando transportes públicos movidos a combustível mais limpo.

“Subscrevo e identifico-me com as preocupações levantadas pela senhora vereadora [Ana Silveira]. Haverá uma aposta muito clara na mobilidade mais suave, daí as questões das ciclopistas e do transporte público. É uma aposta que vai significar um investimento muito alto”, adiantou Gonçalo Lopes, em resposta à autarca da oposição.

O presidente, que lembrou que o ambiente é uma das prioridades dos projectos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), afirmou que vai arrancar um concurso a “curto prazo”, mas que dará tempo para “planear com mais cuidado os novos circuitos e novos materiais circulantes para o transporte público”.

“São desafios para o próximo mandato. Quem estiver na câmara terá de olhar para este tema com outro tipo de cuidado e de meios, nomeadamente garantir pessoal técnico para poder ultrapassar algum atraso que existe em Leiria nesta área. Reconheço que é um dos pontos fracos que temos”, salientou o presidente, que é cabeça-de-lista pelo PS à Câmara de Leiria.

Para Gonçalo Lopes, o “Mobilis [transporte urbano] é uma estrutura muito importante para a mobilidade dos estudantes do Politécnico de Leiria”, mas “ainda não é suficientemente atractivo para outros utilizadores”.

“Isso depende muito dos circuitos que estão disponíveis, do tipo de material circulante, da qualidade do serviço, dos horários, da cadência, da tecnologia e do conforto.”, reforçou.

Afirmando que não pretende passar de “um Fiat Punto para um Ferrari”, Gonçalo Lopes destacou que é necessário avançar para “um carro com maior conforto e segurança e, em especial, que seja amigo do ambiente”, isto é, “seja movido a gás, o que é mais normal, seja elétrico ou a hidrogénio, que é o topo atualmente”.

“Na área do hidrogénio são poucas as câmaras que têm veículos movidos a hidrogénio. É uma tendência e podemos antecipá-la. Temos um projeto no PRR, no qual candidatámos um posto de abastecimento de hidrogénio para a zona industrial da Zicofa. Se for aprovado, podemos ter um dos poucos postos de hidrogénio que há no país”, revelou ainda.