Economia
Programa de apoio para atrair investimento dos emigrantes apresentado em Ourém
Secretária de Estado das Comunidades visitou empresas em Ourém que são "bons exemplos" do empreendedorismo dos nossos emigrantes.
Captar o investimento dos cerca de cinco milhões de portugueses e luso-descentes que vivem no estrangeiro é o objectivo do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) que, esta quinta-feira, foi apresentado em Ourém.
Durante a sessão, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, detalhou os quatro eixos, 23 medidas e 85 sub-medidas que compõem o PNAID, desenhado entre vários ministérios e secretarias de Estado para apoiar os emigrantes que já investem em Portugal e captar outros milhões de portugueses e luso-descendentes que, "segundo alguns cálculos", estão espalhados "por mais de 190 países".
Os apoios abrangem diversas áreas, da agricultura ao turismo, passando pela habituação e educação, ficando reservada uma quota de 07%, cerca de 3.500 vagas no ensino superior "em todos os cursos, incluindo medicina e engenharias", para emigrantes e familiares, de modo a permitir atrair luso-descendentes e, com eles, os pais, "que também podem vir e fazer o seu investimento em Portugal".
"O que pretendemos com este programa é não só facilitar esse investimento, mas atrair mais e apoiar os investidores que queiram vir investir", sublinhou a secretária de Estado, citada pela agência Lusa, avançando que o Governo espera, através do PNAID, que acelerar "a atracção do investimento da diáspora".
Por outro lado, há a intenção de tornar visível essa aposta da comunidade emigrada no país de origem. Actualmente "já temos muitos emigrantes que estão a viver no estrangeiro a regressar e a investir ou a investir, continuando nos países onde residem", o que "passa despercebido".
Ora, foi precisamente para conhecer exemplos desse investimento que a secretária de Estado das Comunidades visitou duas empresas localizadas na Zona Industrial de Casal dos Frades, em Ourém.
Berta Nunes deslocou-se à Vipremi e à Euromelic, duas empresas fundadas por emigrantes oriundos do concelho. A primeira dedica-se ao fabrico de pré-fabricados em betão, exportando 95% da produção, e a segunda trabalha na reparação e manutenção de máquinas gráficas, “em qualquer parte do mundo”.
“São dois bons exemplos do empreendedorismo dos nossos emigrantes e do contributo que a nossa diáspora pode dar no desenvolvimento do País. Estamos perante pessoas que adquiriam know how no país de acolhimento na área que trabalham. Inovaram, acrescentaram valor e estão a exportar”, sublinhou a secretária de Estado das Comunidades no final da visita, onde ficou a conhecer os projectos das empresas para o futuro.
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