Sociedade
Quando de cascas se fazem embalagens para comer
Cientista de Leiria coordena projecto na Universidade de Coimbra
O gosto pelo estudo, o perfeccionismo, a incessante vontade de resolver problemas já marcavam a personalidade de Marisa Gaspar, quando a jovem investigadora era ainda menina e vivia na Biodeira de Cima, no concelho de Leiria. O tempo veio aprimorar esses traços e hoje, aos 33 anos, Marisa Gaspar, doutorada em Ciências Farmacêuticas, que também já leccionou na Escola Superior de Saúde de Leiria, é detentora de um relevante currículo ao nível da investigação científica.
A mais recente novidade é o projecto que está a coordenar na Universidade de Coimbra (UC), em articulação com Escola Superior Agrária daquela cidade. Em equipa com Mara Braga e Patrícia Almeida, a jovem desenvolveu um conjunto de embalagens comestíveis, feitas a partir de diferentes resíduos do sector agroalimentar e da pesca, que se apresentam como uma alternativa sustentável ao plástico.
“Utilizamos resíduos de alimentos, como cascas de batata e de marmelo, e desenvolvemos um processo que inclui secagem e trituração, de forma a obter farinha, a partir da qual criamos estas embalagens, que são uma película”, explica Marisa Gaspar. “Esta película pode ser utilizada para envolver frutas, legumes, queijos e tudo se pode comer. É seguro”, afiança a investigadora.
“Mais do que seguras, dada a sua composição, estas películas trazem benefícios para a saúde do consumidor, p
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