Economia
Quebra no mel esconde impacto da morte das abelhas na agricultura
“Pior do que a quebra na produção de mel é a enorme mortandade de abelhas. Sem elas, não há colheitas!”
A região de Leiria tem vindo a assistir, nos últimos anos, a uma quebra na produção de mel, mas esse problema, explicam os apicultores, está a mascarar a questão mais séria e basilar que, no extremo, poderá levar ao colapso da produção agrícola e dos ecossistemas.
“Pior do que a quebra na produção de mel é a enorme mortandade de abelhas. Sem elas, não há colheitas!”, afirma Anabela Mendes, membro da direcção da Associação dos Apicultores da Região de Leiria, Ribatejo e Oeste.
“A maior valia económica das abelhas é a acção de polinização e o impacto que têm na agricultura. Com a sua ausência, o prejuízo não é só para os apicultores, mas para os agricultores de toda a região”, resume a responsável.
A explicação para o desaparecimento dos enxames não se prende com apenas um, mas com diversos factores.
Doenças, como o parasita varroa, os ataques de vespa asiática, os fogos que têm assolado a região e destruído a floresta autóctone e a utilização de pesticidas na agricultura, são alguns, mas as alterações climáticas também têm impacto.
As variações extremas de temperatura, períodos de seca e chuvas irregulares afectam a floração das plantas e, consequentemente, a disponibilidade de néctar, que serve de alimento para as abelhas. “O coberto vegetal é muito menos abundante do que era h
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