Viver

“Queremos colocar em destaque as coisas mais positivas”

5 jun 2016 00:00

João Correia e Rodolfo Jaca,mentores da banda Quinta-feira 12

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Jacinto Silva Duro

No dia 13 de Maio, uma sexta-feira, lançaram o vosso primeiro trabalho com temas originais, sob a actual designação. E deram ao CD o nome de Fiasco… e o single de avanço foi baptizado com Carrinha Trágica, uma canção que é uma homenagem à vossa juventude… Andam a brincar com a sorte?
João Correia (JC) – Sim. As nossas músicas são só contradições e conceitos. Mas calhou bem. Estávamos para lançar o trabalho um bocadinho mais cedo ou mais tarde, mas optámos por Maio. Havia uma quinta-feira 12, que serviu para fazer o concerto de apresentação no Titanic Sur Mer, em Lisboa, e, na sextafeira, 13, saiu o álbum.
É uma opção estética que cruza transversalmente o CD?

JC -É um bocadinho assim. Mas, como o nosso nome é Quinta-feira 12, queremos colocar em destaque as coisas mais positivas e deixar de lado o negativo, como o azar da sexta-feira 13.
E o Fiasco? Corre bem?
JC - Actuámos em Pombal, no Teatro-cine, num sábado, 21. No dia 11 de Junho, vamos estar na Fnac do Leiria Shopping, e tínhamos uma data marcada para o Colombo, também na Fnac, mas vamos cancelar por causa das festas dos santos populares. Não faria muito sentido, pois prevemos que não irá estar ninguém. Segue-se Coimbra no dia 18, também na Fnac. Mas estamos a marcar uma digressão por Portugal inteiro, de norte a sul, para dar a conhecer o nosso novo trabalho. Vamos voltar à estrada, como fizemos nas outras bandas. No fundo, isto agora é mais oficial e temos uma editoras por detrás, mas as coisas têm de ser feitas de novo. Portugal é pequenino e faz sentido ir a todo o lado, mesmo aos sítios mais pequeninos. Noto que o pessoal que gosta de The Year, que não tem nada a ver com Quinta-feira 12, está a aceitar muito bem.
Rodolfo Jaca (RJ) – Temos de chegar aos sítios, às cidades, e mostrar que estamos cá e levar o público a querer ir ao próximo concerto e com os amigos. Temos gente que já nos conhece de outras bandas e isso ajuda sempre a que apareça mais alguém.
No concerto em Pombal, no público, estava muita gente a cantar as vossas letras. É jogar em casa, mas deve ser recompensador.
JC – Muito recompensador. Agora o truque é tentar fazer isso em todo o lado. O Fiasco saiu há quase ano e meio e houve alguns atrasos. Por isso, quando chegámos a Pombal, as pessoas já conheciam alguns temas do álbum.
Saíram de Pombal, mas mantêm o cordão umbilical à região de Leiria, através da Rastilho Records, a vossa editora.
JC - Sim. Mantemos essa ligação à chamada música de Leiria… Pombal. Leiria-Pombal! O Pedro Vindeirinho, responsável pela editora, foi muito receptivo à aposta numa sonoridade diferente. Eu e o Rodolfo stamos juntos há uns 12 anos, através de outras bandas. Tivemos My Cubic Emotion e temos The Year, que mostra o nosso lado mais “pesado”. A ideia através da Quinta-feira 12 existe há uns cinco anos, mas há dois anos começámos a gravar o álbum, com calma.
RJ – O Vindeirinho também ouviu com atenção e calma o álbum e foi ficando cada vez mais entusiasmado. Depois do primeiro concerto, ficou muito contente e mais descansado com a aposta. Este era um projecto para o qual queríamos mais tempo e mais calma. Até que chegou um momento em que resolvemos: “é ago
ra”. Começámos a juntar o material todo, a compor o álbum, a tratar da arte gráfica, da animação do vídeo para o clip de Carrinha Trágica, que acabou por ser estreado pela Antena 3. O Fiasco já tinha sido apresentado pela Preguiça Magazine, na nossa apresentação oficial ao mundo. Arranjámos uma equipa para nos ajudar, porque os músicos não conseguem estar em cima de todos os pormenores ou conhecer todas as pessoas.

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