Viver

Salão dos Recusados. Onde a liberdade e a criatividade andam de mãos dadas

24 mai 2024 10:18

Oficinas de artes, poemas à medida, música ou exposições fotográficas, no Salão dos Recusados o único limite à criatividade é a lotação do apartamento na travessa da Paz

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Sala de estar no salão onde decorrem as várias oficinas e onde são feitas as exposições
DR
Miguel Rolo com CG

Foi no século XIX, em França, que o rei Luís XIV mandou criar o Salão de Paris, um espaço onde os membros da Academia Real de Pintura e Escultura tinham o privilégio de expor a sua arte ao público e a outros artistas. Passados quase dois séculos, o descontentamento entre os que não eram aceites no salão oficial atingiu o seu expoente máximo, o que levou o imperador Napoleão III a criar uma exposição alternativa dedicada a estes artistas. “Os recusados”. É num sentido parecido, que em Leiria, surge também um Salão dos Recusados, um espaço onde “podes aparecer” para expor, criar ou apenas conversar, num “ambiente criativo”, explica Carlos Pena, um dos fundadores deste “grupo de amigos” que não segue nem acredita em hierarquias.

A ideia de abrir o número 10 da travessa da Paz ao público surgiu na época do encerramento do café O Antro, localizado na rua direita, que muitas vezes foi o centro da cultura alternativa de Leiria, acolhendo bandas e artistas de vários géneros musicais, sessões de declamação de poesia, feiras de artistas e várias actividades culturais muitas vezes deixadas de lado pelo mainstream. Com a necessidade de encontrar um novo espaço, o Salão dos Recusados sediou-se na casa de Luís Frio, outro membro deste grupo, que mantém vivo o espírito de “fazer cenas”, tal como no bar, mas agora num apartamento que é também um pouco de quem o experiencia. Esta nova sede só ficou pronta depois de algumas remodelações, e foi aí que “Tó, o handyman”, entrou ao serviço. O interior da casa precisou de “levar uns toques”, nomeadamente a “sala, as cortinas e a porta de entrada”, que apesar de estar sempre aberta para toda a gente, tinha um aspecto “miserável”, recorda Carlos Pena em tom de brincadeira, dizendo que alguma pessoas nem entravam com medo de “ficarem sem um rim”.

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