Economia
Schiffer, Prada e Vhils entre as estrelas que assinam peças Bordallo
César Mourão, Ana Moura e Mariza são algumas das celebridades portuguesas que assinaram faianças da fábrica de Caldas da Rainha
Após ter criado as suas primeiras peças para a Bordallo Pinheiro, há cerca de cinco anos, Claudia Schiffer, icónica supermodelo alemã, lançou agora uma extensão dessa colecção. “As novas peças de mesa dominadas por borboletas em tons terra, enaltecem o trabalho artesanal e o carácter mágico da colecção.
Pratos, canecas, tigelas, pratos de bolo e jarros foram inundados por borboletas que servem à mesa uma explosão de magia que só a mãe natureza pode proporcionar”, salienta a fábrica de faianças de Caldas da Rainha.
Mas Claudia Schiffer é apenas um dos nomes sonantes que, ao longo dos anos, têm assinado peças da Bordallo Pinheiro. Agatha Ruiz de la Prada, estilista espanhola, também foi responsável pela decoração de uma das conhecidas sardinhas produzidas pela fábrica de Caldas da Rainha.
O projecto das sardinhas, por exemplo, já envolveu vários nomes conhecidos do mundo do espectáculo português. Entre eles, os humoristas César Mourão e António Raminhos; fadistas como Ana Moura, Mariza ou Camané; radialistas como Nuno Markl ou Fernando Alvim; ou chefs de cozinha como Henrique Sá Pessoa ou Chakall.
Já os artistas plásticos Joana Vasconcelos e Vhils idealizaram o centro de mesa Surf e o prato de parede Quimera, respectivamente.
“Utilizando ainda grande parte das técnicas centenárias na reprodução dos modelos, a fábrica prossegue hoje a recuperação do riquíssimo e vastíssimo legado bordalliano e, animada pelo mesmo espírito pioneiro que lhe deu origem, cria produtos contemporâneos, reforçando a sua ligação a artistas de renome da arte contemporânea e alicerçando o seu prestígio nos diversos mercados em que marca presença”, congratula-se a empresa.
Entre profissionais e jovens estreantes
Elsa Rebelo, ceramista das Caldas da Rainha, que integra a direcção artística da Bordallo Pinheiro, explica ao nosso jornal que existe uma comissão na fábrica, formada por vários elementos, responsável pela escolha e acompanhamento técnico dos diversos autores destas peças.
A selecção das personalidades tem vindo a ser feita de acordo com a sua projecção e notoriedade, noutros casos pela sua experiência como designers ou caricaturistas, outras vezes, com o objectivo de dar espaço a jovens promessas, saídas directamente dos seus cursos.
Este misto entre autores conceituados e estreantes tem sido bastante aplicado no projecto das sardinhas, salienta Elsa Rebelo, adiantando que mais sardinhas estão prestes a saltar para o mercado.
A Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha foi fundada em 1884, cruzando as artes tradicionais da cerâmica, a modernidade de diversos estilos que se anunciavam como o futuro, e a originalidade e irreverência do seu criador, Raphael Bordallo Pinheiro.
Em 2009, a empresa seria adquirida pelo Grupo Visabeira. Actualmente, os principais mercados internacionais são a França, Itália, Espanha, Reino Unido, Holanda, Suécia, Estados Unidos e Japão, sendo que a marca está disponível online para todo o Mundo.