Viver

Subir às torres do Pinhal do Rei para avistar o invisível

30 abr 2016 00:00

Pinhal do Rei

(Fotografias: Cláudio Garcia)

Na edição de 25 de Junho de 1949, um sábado, o Diário de Lisboa publicou um texto sobre o sistema de vigilância na mata que os primeiros monarcas portugueses imaginaram ordenada e organizada para travar o avanço das dunas.

"Da torre da Crastinha", lê-se no início do terceiro parágrafo, "o Pinhal do Rei oferece um dos mais belos panoramas do mundo". Já se sabe que uma nova perspectiva sobre as coisas só nasce com um novo ponto de observação, o que é válido no sentido literal e figurado.

No Pinhal do Rei acontece o mesmo – e basta subir alguns degraus, no interior da mancha verde que domina o concelho da Marinha Grande, para logo se revelar o invisível. Os primitivos pontos de vigia do Pinhal do Rei surgem no final do século XIX, mandados instalar por Bernardino Barros Gomes.

Eram originalmente barracas de madeira com torres anexas. Restam três: Facho, Castrinha e Ponto Novo (o de acesso mais fácil: na estrada do parque de campismo Orbitur, cortar na primeira à direita e seguir até encontrar a placa). Uma espécie de faróis onde a vista alcança mais longe e o horizonte parece mais proximo. 

A informação encontra-se reunida no blogue O Pinhal do Rei (opinhaldorei.blogspot.com), um arquivo inesgotável de conhecimento, mantido por José Manuel Gonçalves, onde também está reproduzida a reportagem do Diário de Lisboa.

Ao longo dos anos, as torres de vigia beneficiaram de sucessivos melhoramentos, como, por exemplo, a partir de 1936, com projecto do engenheiro Mário Amaro Santos Galo, que determinou a reconstrução em cimento armado de todas aquelas estruturas.

Das casas onde viviam os guardas florestais responsáveis pela detecção de incêndidos, sobra apenas a que se encontra junto ao Ponto da Castrinha

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