Sociedade

Suspeito confessou ter atingido com um tiro ex-jogador da União de Leiria

11 abr 2016 00:00

Raúl Oliveira foi morto com cinco tiros em Agosto de 2015

suspeito-confessou-ter-atingido-com-um-tiro-ex-jogador-da-uniao-de-leiria-3719

O homem acusado de ter assassinado um ex-jogador de futebol da União de Leiria à porta de um café, em Leiria, em Agosto de 2015, admitiu hoje ter disparado, pelo menos uma vez, por "medo".

A primeira sessão de julgamento, que decorreu no Tribunal Judicial de Leiria, foi marcada por alguma confusão entre os familiares da vítima – que compareceram vestindo t-shirts onde se lia à frente “Justiça” e atrás “Raúl” - e o arguido, obrigando a medidas de segurança adicionais.

"Quando dei conta, o Raúl [Oliveira] já estava em cima de mim. Ele disse que eu ia voltar para o Brasil cheio de flores. Perguntei-lhe porque me estava a ameaçar. Logo depois ele mostrou a arma e quando vou para entrar no carro ele dá-me um murro”, referiu. 

Garantindo que não conhecia a vítima "de lado nenhum", o suspeito acrescentou que Raúl Oliveira lhe virou as costas para voltar para o café: "De repente, vi que ele estava à procura de alguma coisa [fez o gesto de apalpar o corpo] e a vir para mim. Reparei que tinha deixado a arma no chão. Peguei nela e apontei para o alto. Mandei-o parar, ele continuou e dei-lhe um tiro", confessou.

"Não sei explicar por que é que não me fui logo embora. Foi medo. Naquela hora, com medo, perdi a noção. Só me lembro de ter dado um disparo", adiantou, justificando que apanhou a arma porque ficou com receio, pois já tinha levado um tiro. 

Pelo menos três testemunhas confirmaram que foi o arguido que puxou da arma, que "trazia à cintura". 

O Ministério Público imputa ao arguido, de 26 anos, detido preventivamente, um crime de homicídio qualificado, outro de ofensa à integridade física e mais um de detenção de arma proibida.

Segundo o despacho de acusação, o acusado atingiu o corpo de Raúl Oliveira, "cinco vezes", tendo as "lesões traumáticas torácicas sido causa direta e necessária da morte verificada pelas 22:25", do dia dos factos.

Leia mais na edição de quinta-feira do Jornal de Leiria