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Teatro: em palco e na rua, vários grupos encenam o espírito de Abril
Em Leiria, Alcobaça e Marinha Grande, as companhias de teatro associam-se às comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos
A partir de um texto de Luís Mourão, encenado por cinco grupos (Te-Ato, O Gato, O Nariz, TASE e Manipulartes), os 50 anos do 25 de Abril são comemorados na Festa do Povo, em Leiria, com muitas horas de teatro.
As apresentações começam e acabam em locais diferentes, como se a meio os actores fugissem à PIDE. “E no fim também há interrupção, vão todos presos”, avança o autor. “É uma história de polícias, claro, e ladrões”, que mete prostitutas e advogados. “Não é um texto sério, é um texto para rir, espero eu”.
A peça inspira-se no exemplo de José Vilhena e do teatro de revista na resistência através do humor e é, segundo Luís Mourão, “uma peça bizarra” em que “a questão central” é tudo o que é dito nas entrelinhas.
Todos os dias, até ao próximo domingo, 28 de Abril.
Entretanto, esta quinta-feira, há teatro de marionetas gigantes: Lúmen, uma História de Amor, pela S.A. Marionetas, com Sónia Tavares (The Gift), no contexto do programa que, em Alcobaça, festeja meio século de democracia. Início às 21 horas nos paços do concelho, com trajecto pelas ruas até ao Mosteiro.
Porquê Abril, pelo Teatresco, com encenação de Pedro Wilson, estreia no sábado, 27, às 21:30 horas, e repete no domingo, às 16 horas, sempre no Cineteatro Actor Álvaro, em Vieira de Leiria.
Também no domingo, um espectáculo para a infância, Rua da Liberdade, do Teatro do Botão, com encenação de Cristóvão Carvalheiro e dramaturgia e cenografia de Susanna Rodrigues, para ver depois das 16 horas na ACR Comeira, na Marinha Grande.
Na próxima terça-feira, 30 de Abril, às 21 horas, o Leirena apresenta Ondas da Liberdade no Regimento de Artilharia N.º 4, em Leiria.