Sociedade
Tejo Ambiente com resultado positivo de 800 mil euros
Depois de dois anos a somar prejuízos, a empresa intermunicipal da qual faz parte o município de Ourém fechou as contas de 2023 com saldo positivo
A Tejo Ambiente, empresa intermunicipal da qual faz parte o município de Ourém e outras cinco autarquias do Médio Tejo, fechou o ano de 2023 com um resultado positivo a rondar 800 mil euros, melhorando em 700 mil euros o saldo de 2022.
Os dados "demonstram que a empresa está a atingir a estabilidade necessária", depois dos "elevados prejuízos" registados nos dois primeiros anos, realça Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém e do Conselho de Administração da Tejo Ambiente.
Os resultados dos últimos anos contrastam com os prejuízos de 2020 e 2021, que totalizaram mais de três milhões de euros e que exigiram esforço financeiro dos municípios para o reequilíbrio da empresa intermunicipal responsável pela gestão dos sistemas de abastecimento de água e saneamento básico dos concelhos de Ourém (neste município, a água fica de fora da alçada da Tejo Ambiente), Tomar, Mação, Sardoal, Vila Nova da Barquinha, Ferreira do Zêzere. Em alguns concelhos actua também na área dos resíduos.
A par da melhoria dos resultados, Luís Albuquerque realça o investimento de quase 30 milhões de euros feito pela Tejo Ambiente em quatro anos de actividade, 14 milhões dos quais provenientes de fundo comunitários. "Isto só foi possível porque houve agregação de sistemas", frisou o autarca, à margem da reunião de Câmara de Ourém desta segunda-feira, onde o executivo tomou conhecimento da prestação de contas da empresa referente a 2023.
Em actividade desde Janeiro de 2020, a Tejo Ambiente já investiu cerca de 30 milhões de euros nos seis concelhos que a integram.
Após dois anos consecutivos a dar prejuízos a empresa intermunicipal Tejo Ambiente está a começar a dar lucro e os dados serão apresentados no início do próximo ano. A garantia foi dada pelo presidente do conselho de administração da Tejo Ambiente, Luís Albuquerque, que também o presidente da Câmara de Ourém., durante um seminário organizado pela empresa intermunicipal durante a manhã de quarta-feira, 30 de Novembro, no Teatro Municipal de Ourém. Albuquerque sublinhou que criar uma empresa intermunicipal – que engloba os municípios de Ourém, Tomar, Mação, Sardoal, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha – era um desafio difícil uma vez que os seis concelhos têm realidades diferentes mas mostrou-se fundamental para todos.
No primeiro ano as seis câmaras suportaram o prejuízo de cerca de 2,2 milhões de euros. Mas, sublinha o presidente de Ourém e da Tejo Ambiente, antes da criação da empresa os municípios de Tomar, Ourém, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Vila Nova da Barquinha somavam no conjunto um passivo de cerca de quatro milhões de euros com o fornecimento de água, saneamento e resíduos. Luís Albuquerque estima mesmo que “se não fosse criada a empresa o prejuízo actualmente para os municipios seria de pelo menos seis milhões de euros”.
A Câmara Municipal de Ourém vai contribuir com cerca de 730 mil euros para o reequilíbrio financeiro da Tejo Ambiente, empresa intermunicipal responsável pela gestão dos sistemas de abastecimento de água e saneamento básico dos concelhos de Ourém, Tomar, Mação, Sardoal, Vila Nova da Barquinha e Ferreira do Zêzere.
No ano passado, a Tejo Ambiente teve um prejuízo de cerca de 2,2 milhões de euros. Segundo o presidente Luís Albuquerque, esse resultado já era expectável. “O orçamento que nós aprovámos para este ano já previa 550 mil euros de equilíbrio financeiro, não estamos muito longe daquilo que tínhamos previsto”, referiu.