Sociedade
“Temos como objectivo principal trazer bons estudantes”
Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnico de Leiria, afirma que os estrangeiros são 10% dos alunos.
O Instituto Politécnico de Leiria tem 1200 estudantes estrangeiros. É um número que tem vindo a crescer?
Sim. Este ano a nossa expectativa é de ultrapassar os 1200 estudantes. Em três anos devemos estar perto de duplicar o número de estudantes que tínhamos, o que resultou de uma estratégia e de um trabalho que tem vindo a ser feito de forma contínua. A aprovação do estatuto do estudante internacional também veio dar aqui uma ajuda.
Como é feita a captação de alunos?
Na internacionalização temos três grandes áreas: a captação e a mobilidade dos estudantes e projectos de cooperação internacional. Fazemos um trabalho diferente em função do país ou do continente onde estamos e que passa pela promoção directa junto de escolas, de potenciais estudantes, com o principal foco no Brasil e também na Ásia, e depois parcerias com actores locais, como universidades, redes de escolas e de colégios do ensino secundário. Procuramos mostrar que Portugal é um destino que vale a pena. Estima-se que, em meados da próxima década, haja mais de oito milhões de pessoas a circular no mundo para fazer formação superior. Enquanto instituição temos de nos posicionar neste movimento global. Estamos num mercado competitivo, mas Portugal tem um sistema de ensino superior com qualidade. Temos um clima excepcional e segurança, mas sobretudo temos uma relação qualidade/custo de vida extraordinária. Aqui um estudante paga pelo curso todo, aquilo que paga num ano no Reino Unido.
O Brasil é o país com mais estudantes. Porquê?
Os estudantes brasileiros já querem vir estudar e viver em Portugal. É algo que se constrói. Leiria sendo uma cidade que não é muito conhecida, está no centro do país, tem uma boa qualidade de vida, segurança e está próximos de Fátima, o que é sempre um bom argumento para alguns territórios. O IPL é uma instituição com qualidade e com uma formação muito ligada às empresas. Este é também um argumento que procuramos utilizar quando nos comparam às vezes com universidades mais clássicas. Este é um conjunto de argumentos que procuramos promover. Depois temos trabalhado também em alguns nichos. Os chineses são a terceira nacionalidade, porque apostámos, há alguns anos, no curso de Tradução e Interpretação Português/Chinês– Chinês/Português e temos uma licenciatura em Língua Portuguesa Aplicada. Percebemos que o português era importante na China face aquilo que são os interesses dos chineses um pouco por este mundo fora e o facto da língua portuguesa estar em crescimento em número de falantes. Grande parte dos estudantes chineses estão no politécnico de Leiria a aprender portugu&ecir
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