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Três vezes Vortice em Leiria: o Drácula, o pintor e a jaula
A companhia de Fátima apresenta-se no Teatro José Lúcio da Silva e também no Castelo de Leiria, onde vai assinalar a noite de Halloween com um espectáculo inspirado no Dráculo de Bram Stoker
A janela abre-se até 11 de Novembro. Leiria recebe três espectáculos da Vortice Dance Company nas próximas duas semanas, com apresentações no Castelo e no Teatro José Lúcio da Silva que fixam o colectivo de Fátima junto do público da região, antes de voltar a actuar fora de fronteiras.
The Bradley Theodore Show, espectáculo estreado no final de Setembro em Portugal, para ver em Leiria a 11 de Novembro, “há-de ser levado para Nova Iorque, para Londres e para o mundo inteiro”, confia Rafael Carriço, co-director artístico, com Cláudia Martins, da Vortice Dance Company.
A parceria com o pintor radicado nos Estados Unidos mostra um mundo de cores intensas povoado por figuras e formas esqueléticas, onde se misturam celebridades, estrelas pop e ícones da moda. Depois de Beja, Santa Maria da Feira e Tomar, e antes de Alcanena, a apresentação no Teatro José Lúcio da Silva, segundo Cláudia Martins, será a primeira a fornecer imagens para o vídeo promocional a exibir numa exposição de Bradley Theodore em Tóquio, no Japão.
Jouska, já esta sexta-feira, também no Teatro José Lúcio da Silva, pelas 21:30 horas, é a primeira produção da Vortice em Leiria nas próximas duas semanas, quase um “ciclo”, comenta Rafael Carriço, “de uma companhia que está bem posicionada”, após mais de 20 anos em actividade. Nas colaborações com empresas, ao longos dos últimos anos, encontram-se, por exemplo, o evento Elite Model Look Lisboa e as marcas Levi's, Audi, General Motors e Qatar Airways.
Mais denso do que a passerelle e do que as feiras de automóveis, Jouska revela-se “um diálogo catártico, uma jornada profunda que funciona como uma espécie de jaula psicológica”, lê-se na sinopse.
Criado em residência artística no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha e no Teatro Municipal de Pombal, o espectáculo fala de “desprendimento de amarras supérfluas, de pseudo éticas, de estigmas” e “de códigos sociais”, durante “uma conversa hipotética, que se repete compulsivamente na mente de alguém”. A partir desse lugar onde “assumimos ser e dizer o que nunca seríamos e nunca diríamos”, procura responder a perguntas que são ao mesmo tempo íntimas e universais: “Será que me consigo expressar no mundo de hoje? Comunicar? Faço-me ouvir?”.
Entretanto, na próxima segunda-feira, 31 de Outubro, a Vortice está no Castelo de Leiria com a coreografia Drácula, em que vai cruzar a dança com momentos de videomapping. Os bilhetes já esgotaram.
Em noite de Halloween, a companhia de Fátima guiará o público através de diferentes espaços do Castelo de Leiria, com a sonoplastia a contribuir para “um ambiente de terror”, explicam Cláudia Martins e Rafael Carriço.
Inspirado no conto de Bram Stoker, o Drácula da Vortice Dance Company inclui canções de Lou Reed e uma pitada de humor – há até um chef vampiro a cozinhar arroz de cabidela.
Depois de estrear A Sagração da Primavera em Janeiro, a companhia de Fátima já se apresentou em Inglaterra, no Brasil e em Itália, com diversas produções, além de Portugal. Com a pandemia a dar tréguas, os directores artísticos da Vortice antecipam uma agenda preenchida até ao final do ano.
